sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Omer Goldman

Hoje o Público on-line tinha um vídeo de um grupo de miúdos israelitas que se recusam a lutar contra os palestinianos no contexto em que a direita israelita equaciona o conflito entre judeus e árabes.

Acho fantástico que a voz deles tenha passado os crivos da propaganda da extrema direita, que há anos tenta vender uma imagem inventada dos judeus, todos iguais, todos sionistas de direita, todos contentes com os ataques de Sharon à classe média israelita e com o tratamento escandaloso dos colonos, um grupo de fanáticos violentos e racistas que custam um braço e uma perna aos contribuintes israelitas e americanos.

As direitas americana e europeia, que controlam os media, habituaram-se a perseguir quem critica a brutalidade da direita israelita contra os não judeus com insultos de anti-semitismo.

Isto é uma injustiça repugnante quando se sabe, por exemplo, que quatro quintos dos judeus americanos votaram Obama, apesar da propaganda da direita que pintou Obama como um muçulmano perigoso.

Como é óbvio, ser-se judeu, católico, luterano, ou muçulmano não define ninguém, de ponto de vista nenhum. Há judeus horríveis, como há católicos horríveis, luteranos horríveis e muçulmanos horríveis. Como há judeus, católicos, protestantes, muçulmanos, budistas e indus fantásticos.

E estes miúdos são verdadeiros heróis, com uma generosidade e uma coragem formidáveis, que se atrevem a arriscar o futuro pelos ideais humanistas que os inspiram, apesar dos ataques dos media ao bom senso, à paz e à solidariedade entre os seres humanos.

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