quinta-feira, 10 de maio de 2007

O estranho caso do idioma mais simples do mundo

Quando os linguistas pareciam convencidos de que existiria uma «gramática universal» mínima subjacente a todos os dialectos do planeta, eis que nas profundezas da selva amazónica se descobre o idioma mais simples do mundo, sem tempos verbais, orações subordinadas, cores ou números. Se este relato se confirmar, o Pirahã é a descoberta mais importante dos últimos anos no campo da linguística.
Consequências culturais para as trezentas pessoas que usam exclusivamente esta língua: não desenvolveram meta-linguagens como a matemática (não sabem contar) ou a religião (não têm mitos da criação, embora tenham rituais de «comunicação com os mortos»). O sistema familiar parece ser extremamente simples, e a memória oral não se estende a mais de duas gerações.
Um ponto a favor do «culturalismo» e contra a sociobiologia?

1 comentário :

GPC disse...

Ver post Paradigm killers, acima, neste blogue.