Nenhum grupo de cidadãos tem sido perseguido com mais zelo e mais ódio que os fumadores. Os honestos cidadãos não fumadores desatam a tossicar com um ar ofendido de dentro dos seus SUVs quando avistam um fumador no horizonte, como se todos os males do mundo viessem dali. Como se o resto da poluição não contasse.
Olhe que não, senhor arcebispo, olhe que não
Há 11 horas
7 comentários :
Já fumei e não fumo.
De facto, actualmente os fumadores são alvo de alguma perseguição, mas convenhamos que também muitos deles se expõem pelos seus comportamentos.
Ex.: 1 - Atiram beatas acesas pela janela dos automóveis; 2 - Na ausência de cinzeiros deitam-nas para o chão; 3 - Fumam ao balcão dos cafés, enquanto o vizinho está a comer; 4 - Fumam nas escadas rolantes, e quem vai atrás apanha com as baforadas; 5 - Fumam nas filas, quando não é proibido; 6 - Fumam no aeroporto nos sítios "livres de fumo"; 7 - Fumam em elevadores...
Por agora acho que chega, mas quem não fuma sente-se incomodado com razão e pelos incivilizados pagam todos os que respeitam devidamente o próximo.
Outra questão que se pode pôr é se a segurança social, paga por todos, deve pagar os custos deste hábito.
Também já fumei e agora não fumo.
Não me parece um bom ponto de partida para analisar a questão do tabagismo, pôr em causa o incómodo que causa o fumo do tabaco em quem não fuma. Não me incomoda minimamente que as pessoas fumem em locais previamente designados para o efeito, ou ao ar livre, porque aí tenho a opção de não entrar em contacto com o fumo.
Agora, em restaurantes e bares, por exemplo, há pessoas - as que lá trabalham - que não têm escolha, a não ser levar com o fumo e aguentar as consequências (que, como já diversos estudos científicos demonstraram, existem e são bastante graves). Essas pessoas não podem pura e simplesmente mudar de emprego, nem lhes serve de nada tossicar quando alguém acende um cigarro...
p amorim: em relação á segurança social, não se deve preocupar, pois os impostos que o fumador paga em cada cigarro que fuma, dá para TODAS as despesas que possam advir provocadas no fumador, e colaterais.
Coitado de quem lhe falar mal da sua droga aos toxicodependentes!!
Filipe,
Eu não tenho um SUV.
Tenho um carrinho de bebé que não impressiona grande parte dos fumadores perto de quem tenho de estar se quiser tomar uma bica num café qualquer de Lisboa.
Antes da fase do carrinho, a barriga também nunca surtiu grande efeito quando, por razões profissionais, almoçava todos os dias num pequeno café de esquina das avenidas novas, que, como os demais, se caracteriza por mini-prato, fumo de tabaco e cheiro a batata frita!
E também já fui fumadora...
Patrícia
Daquilo que precisamos são GRANDES CAUSAS. E esta é, sem dúvida, uma delas.
A Europa está-se nas tintas para os imigrantes clandestinos que se vendem por tuta e meia, para os milhões de desempregados, para as desigualdades sociais que existem no seu seio.
A Europa enfatiza lutas que mobilizam tótós.
Os tótós que gritam por tudo e por nada e circulam nas auto-estradas com três faixas, a sessenta ou menos kms. por hora, na faixa central.
Pela Lei Anti-Tabaco, Lei n.º 37/2007 -de 14 de Agosto, passou a ser proibido fumar nos serviços da administração pública, nos locais de trabalho e de serviço ao público e outros recintos públicos fechados em Portugal a partir de 1 –Janeiro-2008.
Esta medida visa reduzir o risco do fumador passivo que se considera cada vez mais grave, uma vez que o poluente mais comum dos recintos fechados é o cigarro.
Agora vêm-se os fumadores à porta, ou nas esplanadas, nos jardins ou noutros espaços exteriores onde o fumo se pode esfumar melhor. A lista de locais onde passa a ser proibido fumar é extensa, ver artigo 4º, de alínea (a) a (z), (aa) e (ab).
Mas também se vêm cada vez mais beatas nos passeios, sobretudo nas fendas da calçadinha portuguesa, onde os fumadores atiram as beatas para o chão.
Falta instalar "cinzeiros ao ar livre", nos espaços exteriores, e levar os fumadores a não deixarem restos.
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