segunda-feira, 27 de novembro de 2006

Revista de blogues (27/11/2006)

  1. «Quando se envolveu na política chilena, em meados dos anos 70, Friedman ainda não gozava dos favores de governos de países importantes, como um pouco mais tarde veio a suceder com Margaret Thatcher no Reino Unido e Ronald Reagan nos EUA. A vaidade ter-se-ia, portanto, sobreposto ao mais elementar bom senso. Pode ser que sim, mas as próprias declarações de Friedman sugerem que não terá sido apenas isso. Em muitos dos seus escritos encontramos insinuada a ideia de que, para ele, a liberdade económica é primordial, a liberdade política secundária, e a democracia um estorvo no caminho da primeira. Quando aos direitos humanos, pura e simplesmente não figuram na sua cartilha.» («Liberais à antiga(7)», no ...bl-g- x-st-.)
  2. «Para evitar maus comportamentos de deputados que assinam compromissos partidários e depois pôem a lei "burguesa" do país à frente da lei "proletária" do partido para não perderem o lugar dou uma sugestão: de futuro o partido concorre com uma lista sem nomes, apenas números. E na bancada parlamentar obriga os deputados a apresentarem-se sempre, não digo de burka mas de cara tapada e uma tabuleta ao peito com a identificação deputado 1, deputado 2... Assim quando o partido, e muito bem, quiser mudar muda. Muda só o que está por baixo da tabuleta e acaba-se a escandaleira.» («Deputada sofre», no Puxa Palavra.)
  3. «E o Sócrates ao leme tremeu e disse:/Sou Tony Blair Segundo!/Três vezes ao céu as mãos ergueu,/três vezes ao leme as reprendeu,/e disse no fim de tremer três vezes:/Aqui ao leme sou mais do que eu,/sou um partido que quer o que já não é teu./E mais que um Poeta que não arrefece/nem aquece ideias que já estão no fundo,/manda a vontade que me ata ao leme/das finanças globais do nosso mundo!» («O Mostrengo de Fernando Pessoa», no Espírito de Xabregas.)

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