Entrevista de Martin Amis na Newsweek com algumas coisas interessantes:
- «You recently wrote a fictional story about Muhammad Atta's last day on Earth. What drew you to him as a character?
Amis: His face, so rich and malevolent that it haunted me.
In the story you describe jihad as the most charismatic idea of Atta's generation. Do you really believe this?
It's self-evidently true. You're always onto a winner if you can persuade people they can be righteous and violent at the same time. Nothing beats that. Officially sanctioned violence is unimprovable. And with this paradise which they've stirred into the mix—whereby with an act of mass murder, you gain the keys—you've got a very attractive idea. Also, it gives the "nobody" a chance to play a decisive role in world history, and there are lots of people who are going to be drooling at the thought of that.»
Estou cada vez mais convencido de que o poder social da religião, e até a sua sobrevivência ao longo da história, começa aqui: na apresentação de justificações «éticas» para a violência. Convencer as pessoas de que (1) são bondosas porque aderiram à religião certa; (2) que para defender essa religião de bondade é legítimo matar; são passos presentes em quase todas as religiões do tronco abraâmico. E esses passos criam unidade de grupo e guerreiros dispostos a tudo. Que mais é necessário para defender uma sociedade?
2 comentários :
O que dizes em relação à religião serve também para o conceito de nação.
Reside precisamente aí a razão da atracção das religiões abraâmicas pelo Poder.
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