Um efeito secundário dos atentados de Londres perpetrados por fascistas islâmicos foi propiciar uma onda de ataques racistas contra imigrantes (nem sempre muçulmanos), e um crescendo da actividade dos fascistas britânicos. No espaço de uma semana, já se contaram vários ataques a mesquitas, incêndios criminosos em casas particulares e um assassinato.
O British National Party (BNP), um partido fascista, concorrerá amanhã a uma eleição autárquica em Barking (nordeste de Londres), local onde nas eleições legislativas de Maio teve 17% dos votos. O BNP produziu um panfleto com uma fotografia do autocarro que foi destruído por uma bomba e com a frase «Talvez agora seja altura de começar a dar ouvidos ao BNP».
Entretanto, continuam os ataques racistas contra portugueses na Irlanda do Norte.
Existem ingénuos que idolatram a Inglaterra como se fosse um modelo de liberdade e democracia. Estas notícias e a intenção de Tony Blair de registar todas as chamadas telefónicas e mensagens de correio electrónico no espaço da UE, assim como a lei britânica recentemente aprovada que criminaliza a blasfémia, deveriam fazê-los reflectir.
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