Dediquei já vários artigos neste blogue à inventona do arrastão. O Diário de Notícias de ontem trouxe um dossiê sobre o assunto. «O estranho caso do arrastão que morreu na praia» e «A memória futura do arrastão» são artigos que reflectem sobre as condições em que a imagem de primeira hora (a dos «500 marginais organizados») se intalou na opinião pública, e como mesmo o desmentido que a PSP fez nos dias seguintes não teve o mesmo destaque na comunicação social. Efectivamente, os media haviam cedido ao sensacionalismo, e o desmentido, sendo um anti-climax, não era mediaticamente aliciante. Eu acrescento outro factor importante na mistificação: a inventona confirmava preconceitos racistas de muita gente.
A polémica que tem causado o facto de Diana Andringa ter feito um documentário jornalístico e ser simultaneamente candidata do BE à Câmara Municipal da Amadora deveria ser de importância menor. O dossiê do DN inclui uma entrevista de Diana Andringa e outro artigo sobre as condições em que o documentário foi divulgado. A tentativa de descredibilizar o documentário porque o BE fez uma ligação para o documentário é ridícula. Entretanto, continuo à espera que algum canal de televisão, de preferência público, o transmita. Diana Andringa esteve bem como jornalista e cidadã.
Adenda: o blogue O céu sobre Lisboa transcreve excertos da entrevista do comandante da PSP.
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