terça-feira, 22 de janeiro de 2013

A boa notícia de amanhã, não é mérito deste governo

Está prestes a arrebentar a grande notícia, Portugal vai voltar aos mercados (emissão de obrigações a médio/longo prazo), oito meses antes do previsto.
É uma excelente notícia, não há que o esconder - tanto por uma questão de soberania nacional, como de acesso dos bancos e das empresas portuguesas a financiamento. Mas o governo vai chamar a si os louros de tal conquista, e é importante lembrar o contexto internacional.
  1.  Tal como antecipei há 6 meses, quando Draghi disse que o BCE tinha direito a intervir nos mercados de dívida, os juros dos periféricos vieram por aí abaixo. A 10 anos, Portugal desceu dos 11,3% para os 5,9%, a Grécia dos 28% para os 10,4%, Espanha dos 7,6% para os 5,1%.
  2. A confiança cresceu muito nas últimas semanas. Há duas semanas a Irlanda emitiu pela primeira vez obrigações a médio-prazo (2017). Há uma semana a Itália emitiu pela primeira vez desde o início da crise, obrigações de longo-prazo (2028). A Espanha fez hoje uma emissão bem sucedida a 10 anos.
  3. A reunião do Eurogrupo ontem decidiu dar mais tempo a Portugal para pagar à Troika.
  4. Fala-se cada vez mais no apoio activo por parte do BCE a Irlanda e Portugal.
 

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