quinta-feira, 10 de maio de 2007

Revista de blogues (10/5/2007)

  1. «(...) em editorial, J. M. Fernandes depois de observar que «as sociedades contemporâneas já não podem ser explicadas pela velha cartilha socialista, bastando para tal olhar o mapa eleitoral da França», logo acrescenta que «Sarkozy recolheu mais votos dos trabalhadores excluidos do que Ségolène, como que herdando eleitores que primeiro foram comunistas e depois lepenistas e agora têm mais medo da França que os rodeia do que da forma como o novo Presidente pretende enfrentar a violência dos subúrbios». Ora acontece que o facto de esta herança deste tipo de eleitores ter certamente acontecido (embora de forma provavelmente parcial) na 2ª volta, isso não chega para provar a tese fundamental de J.M.F. de que «Sarkozy recolheu mais votos de trabalhadores excluídos do que Ségolène». Com efeito (...) Ségolène recolheu mais votos, segundo todos os estudos, nos desempregados (com 75%) e nos operários (com 54%), e (...) onde Sarkozy recolheu mais votos foi nos trabalhadores independentes (com 77%), nos comerciantes (com 82%), nos agricultores (com 67%), sem que nenhuma destas categorias integre propriamente o batalhão dos «excluidos». É certo que Sarkozy ganhou nos reformados (com 65%) mas talvez seja um pouco excessivo classificá-los enqunto grupo social como «excluídos».» («Ainda a França», n´o tempo das cerejas.)
  2. «65% dos venezuelanos apoia Chávez. Os dados do barómetro sobre atitudes políticas da América Latina revelam que a taxa de satisfação com o sistema político é hoje de 57% (32% em 1998, hoje a mais alta taxa da América Latina). 47% discute sobre política regularmente, 25% tem actividade política e 71% acredita que a democracia é o melhor regime para promover a mudança (os valores para a média dos restantes países da América Latina são respectivamente 26%, 9% e 57%). A economia cresce rapidamente e até o Banco Mundial reconhece os "progressos notáveis na luta contra a pobreza".» («Ditadura avança na Venezuela?», no Ladrões de Bicicletas.)

4 comentários :

João Moutinho disse...

Para ter a certeza se é certo o que se diz dos venezuelanos deveriam ir (de novo) a votos. Porque se essa percentagem é correcta então fazem-nos lembrar os nossos compatriotas de duas determinadas ilhas.

Anónimo disse...

Acho estranho é que chavez não tenha um maior apoio uma vez que ja domina a maior parte dos meios de comunicação...

Mas o que é isso quando no nosso rectangulo temos uma ERC a considerar 50% de tempo de antena para o governo!!

Ricardo Alves disse...

«50% de tempo de antena para o governo»

E 90% para a ICAR fatimista...

Anónimo disse...

Um mal não resolve outro...