António José Seguro marca hoje pontos ao propor ao PCP e ao BE a realização de alianças para as autárquicas, mesmo que apenas «excepcionalmente» e nos municípios «governados pela direita». É verdade que os termos exactos da carta não são conhecidos (no momento em que escrevo), e que muitas destas propostas, em política, são «jogadas» para passar a batata quente a outros. Todavia, se tenho sido crítico de Seguro no passado tenho que admitir que parece aqui retomar os esforços de Sampaio para a unidade da esquerda, contra o vírus sectário que no tempo de Sócrates contaminou todas as facções da esquerda.
A direita, registe-se, não tem dificuldade em coligar-se em autárquicas e depois no governo. Ao não fazê-lo, a esquerda tem estado representada no poder abaixo do seu peso eleitoral, e tem permitido que a República seja sistematicamente virada à direita.
Mais: argumentei no passado, e mantenho, que a hipótese mais realista de derrubar o governo de Passos este ano é nas autárquicas. Se isso acontecer no contexto de uma dinâmica de esquerda, melhor ainda.
1 comentário :
Só com alguma ingenuidade se pode pensar que o PS é alguma solução... Sim, eu sei que são diferentes do PSD. Da mesma maneira que cara !=coroa...
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