domingo, 11 de março de 2012

Engano nas portagens, mas mais para a lista

O caso dos pagamentos das portagens de Agosto foi efectivamente muito suspeito, com enganos e confusões quanto bastem, o que justifica a minha convicção de que, se este caso não tivesse vindo a público e tido o impacto mediático que teve, os 4.4 milhões ter-se-iam efectivamente perdido para o Estado.
No entanto, isto é especulação da minha parte: tanto quanto se sabe, eles serão devolvidos na próxima renegociação do contrato - menos mal, e risque-se este episódio da lista. [Editado em 12 de Abril de 2010: afinal não houve engano algum: não se pode riscar este episódio da lista. A Lusoponte vai efectivamente ganhar os 4,4 milhões em causa.]

Mas a lista não fica mais curta com o passar do tempo. Sobre a venda do BPN, novas notícias dão mais indícios (além dos vários que já existiam) de que este é um negócio pouco sério.

Outra novidade é a escolha da Ernst & Young para auditar as PPPs. Passo a palavra ao Público (destaques meus):

«João Camargo, elemento do grupo técnico de auditoria da IAC, insiste que a consultora “não tem qualquer capacidade de independência”, havendo, segundo disse ao PÚBLICO, “um conflito de interesses pelo facto de estar intimamente envolvida com várias empresas”.
A IAC, que exige que seja feita uma auditoria “em condições de isenção e de independência”, refere num comunicado hoje emitido que a Ernst & Young presta serviços a empresas que “estão envolvidas, entre outras, nos consórcios da Lusoponte, Auto-Estradas do Atlântico, Auto-Estradas Túnel do Marão, Hospital de Braga e Hospital de Vila Franca, Barragens de Gouvães, Alto Tâmega, Daivões e Girabolhos”.
As linhas de orientação do Tribunal de Contas para o desenvolvimento de auditorias externas às PPP, elaborado em 2008, e que a IAC, aliás, cita, sustentam que um consultor externo “que venha a prestar serviços ao parceiro público não poderá prestar assessoria ao parceiro privado ou a qualquer entidade que se apresente como concorrente no âmbito dessa parceria”.
O PÚBLICO enviou várias perguntas ao Ministério das Finanças, a quem coube a decisão final da escolha da Ernst & Young, mas não obteve resposta até à publicação desta notícia.
As consultoras concorrentes estão, neste momento, a avaliar se vão ou não reclamar da decisão junto do Ministério das Finanças. »

E quanto ao nepotismo que mencionei, surge agora um novo episódio perfeitamente exemplificativo, que é descrito no Câmara  Corporativa, e que passo a citar parcialmente:

 «Ana [Manso] não foi nada mansa: escolheu o próprio marido para o cargo de auditor interno, ao qual incumbe inspeccionar os actos do conselho de administração presidido pela mulher.
Os jornais trouxeram a notícia e o marido abandonou de mansinho. Mas não deveria ter sido a mulher do marido a ser demitida?»

1 comentário :

tempus fugit à pressa disse...

ó home nepotismo vem de nepoti...

o sócrates só tinha primos

o soares só tinha ami's (daí ter arranjado o Nobre da Ami contra o seu ami Alegre)

o cavaco nem ami's tem...
nepotti's adonde

olha pró buraco nas pensões
aquele que tinham fechado até 2030

mas que está aumentando 500 a 600 milhões ao ano

nepotti's de ajuste directo e de direitos adquiridos há muitos mê palerma

felizmente inda tenho uma dúzia deles em bom estado...a 600 mil ao ano...só tenho de ir matando uns primos de quando em vez

quantum satis perceves?

num perceves?

comes lingueirão..nã?