segunda-feira, 26 de março de 2007

Leituras antifascistas (26/3/2007)

  1. «Quase 33 anos depois da gloriosa Revolução dos Cravos, o país vai "vivendo habitualmente". A memória não se respeita. A memória do sofrimento, das vidas destruídas, da tortura, do atentado à dignidade, da promoção da pobreza honrada e da ignorância feliz. (...) "Um salazar em cada esquina" para pôr isto na ordem, para prender os drogados, os gangs de pretos, restaurar o poder da ICAR... Em cada "votante" em salazar há uma "alma de taxista". Pobre país... A culpa? É toda nossa! Julgam que a culpa deste branqueamento é dos saudosistas e dos jovens manipulados? Acordem! A culpa é nossa! Deixámo-los crescer e multiplicar. Vermes que se transformaram em monstros. Demos a Democracia como dado adquirido. (...) Daqui a um mês celebramos 33 anos sobre a data de um momento lindo da nossa História, personificado na figura de toda a sua pureza: SALGUEIRO MAIA, o rosto de Abril, a morder o lábio para não chorar no momento em que ganhou a DEMOCRACIA para Portugal, e depois recolheu ao Quartel, com toda a dignidade própria dos homens grandes e bons. (...) Abril não morre.» («Amargura de um leitor anónimo», no Ponte Europa.)
  2. «As próximas eleições para a Direcção da Associação de Estudantes da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (DAELUL), a realizar nos próximos dias 26 e 27 de Março, estão marcadas pela presença de uma lista – lista X – composta por elementos de extrema-direita. Depois dos graves incidentes das últimas semanas – ameaças, pintura de murais, etc. – este é mais um dado que suscita a maior preocupação. Durante a campanha eleitoral o clima de medo, ameaça e intimidação agravou-se na faculdade. Vários elementos da lista X dedicaram estes dias a ameaçar as pessoas da lista opositora e quem se tem organizado para denunciar as atitudes racistas e intimidatórias que se vêm verificando. Desta lista fazem parte membros activos da extrema-direita, nomeadamente um dos condenados de assassinato de Alcindo Monteiro, no Bairro Alto em 1995. (...) Apelamos à mobilização de toda a comunidade escolar e do país contra esta ameaça. Adiar ou assobiar para o lado perante esta realidade apenas trará dissabores maiores no futuro que, acreditamos, ninguém deseja. Este é o momento para afirmar a diversidade política e cultural e recusar o autoritarismo, a violência e o racismo.» (Comunicado de 24 de Março do SOS Racismo.)

2 comentários :

Anónimo disse...

Ou será apenas por "disputarem" pela primeira vez á extrema esquerda os votos??!

Anónimo disse...

Uma coisa estranha, num blogue sempre muito afoito em denunciar o perigo eminente do cristianismo (embora eles digam das Religiões quando convém), acho estranho ainda não terem feito um comentário nem que seja pequeno em relação aquela decisão duma juiza alemâ.

Uma juiza alemâ decidiu que devido á origem muculmana dum casal, o homem tinha todo o direito de bater na mulher, pois isso vinha consagrado no alcorão.

...multiculturalismo alemão... só pode!