sexta-feira, 13 de março de 2009

Sejamos tolerantes com o fascismo e o crime, diz Ratzinger

Para se justificar da desexcomunhão dos lefebvristas, Ratzinger sai-se com esta:

  • «Poderemos nós simplesmente excluí-los, enquanto representantes de um grupo marginal radical, da busca da reconciliação e da unidade? E depois que será deles?»

É bonito. É aquela coisa cristã da abertura a todos, do criminoso ao violador, do pedófilo ao genocida, todos-mesmo-todos encontram a ICAR aberta, menos, evidentemente, as mulheres que abortam ou os homens que gostam de outros homens. Isso sim, é inadmissível.

Ratzinger diz-nos mais:

  • «Às vezes fica-se com a impressão de que a nossa sociedade tenha necessidade pelo menos de um grupo ao qual não conceda qualquer tolerância, contra o qual seja possível tranquilamente arremeter-se com aversão.»

Tem razão. Há coisas que serão sempre crime, em qualquer país e em qualquer língua: o homicídio, a violência gratuita, a selecção de grupos sociais para serem discriminados ou eliminados, etc… Espera lá. O nazismo fez isso tudo. Alguns fascistas gostariam de repeti-lo. Ratzinger acha que os deveríamos «tolerar»? A sério?

Sem mais comentários.

[Diário Ateísta]

10 comentários :

Anónimo disse...

"Sejamos tolerantes com o fascismo e o crime", diz Nazinger.

Ah,claro!!! Quem foi que abençoou o nazi-fascismo mesmo???
http://anticlerical.multiply.com/photos

PQ disse...

Na mouche.

Pedro Fontela disse...

Isto dava um livro... os amores de Ratzinger :)

Zeca Portuga disse...

Cada vez gosto mais deste Papa.

Basta ele saber tão bem chamar palermas aos ateistas, pra eu já gostar deles.
Mas, ele nem precisa de chamar palerma aos ateistas, porque as interpretações simplórias e absurdas que eles fazem das palavras do Papa, chegam como adjectivo da sua "pouquinha" capacidade intelectual ou da sua "não-presente" honestidade.

É claro que estamos a falr de poeira... poeira que os ateistas tentam atirar para os olhos dos incautos.

O grande mal é que a Igreja tem crescido muito nos últimos tempos...
Os fundamentalistas cegos não podem aceitar isto.

Muito menos poderão aceitar que um Marcel lefebvre escreve livros livros a denunciar verdades sobre tais gangs... Isso é que não!

Anónimo disse...

A Puta que Pariu o Rato alemão

Anónimo disse...

E os da Teologia da Libertação:excomungados e corridos.É um papa muito imparcial,n'é zeca portuga ou,brazuca?Ateístas,ou ateus?
grassas adeuz qui foideuz...Ainda falam dos mulçumanos,fosca-se,este é um exemplar...ohoh

Ricardo Alves disse...

«O grande mal é que a Igreja tem crescido muito nos últimos tempos»

Não sei se seria um mal, mas a verdade é que não tem crescido:

«o número de católicos praticantes diminuiu de mais de meio milhão entre 1977 e 2001 (passou de 2,44 milhões para 1,93 milhões). No mesmo período, a população portuguesa aumentou, e portanto a queda é mais impressionante em percentagem: enquanto, em 1977, a ICAR reclamava que 26% da população estava na igreja ao domingo, o número reclamado em 1991 corresponde a 23% da população, e em 2001 a 19%.»

http://esquerda-republicana.blogspot.com/2007/04/secularizao-da-sociedade-portuguesa4-o.html

Anónimo disse...

E no Brasil, o "maior país católico do mundo", apenas 62% da população é católica (segundo censo). em 1970, era 92%. E destes católicos atuais, a minoria vai regularmente à missa.

Zeca Portuga disse...

Vocês têm acesso a cada estatistica!!!
Onde foram buscar dados com tal certeza?

Nos Censos, as questões relativas à religião professada são de resposta facultativa. Eu, por exemplo, nunca respondi (ficou sempre em branco, porque não reconheço ao INE autoridade para me questionar sobre o assunto!

Conheço bem mais de uma centena de pessoas que fez o mesmo.

se virmos as praticipações nas cerimónias religiosas (e as inscrições) nos lugares de peregrinação (ex.: Fátima), vemos um tendencia muito diferente, daquele que aqui cultivam.

Ricardo Alves disse...

Os dados que eu referi não são do INE, são da própria ICAR. E mostram efectivamente uma queda acentuada do catolicismo praticante.