terça-feira, 17 de março de 2009

Cadeiragate

Parece ter-se passado algo de gravíssimo durante a visita governamental a Cabo Verde: uma disputa pelo lugar à esquerda do Primeiro Ministro (português) entre uma jornalista da Renascença e o ministro Rui Pereira, num restaurante da Cidade da Praia.

No blogue da jornalista, afirma-se apaixonadamente que o ministro mandou um empregado de mesa «des-sentar» a jornalista para poder sentar-se, na cadeira dela, ao lado de Sócrates.

No mesmo blogue, o ministro Rui Pereira escreveu um comentário a defender-se, afirmando que o lugar estava vago e que o Primeiro Ministro o chamou.

Existe ainda uma terceira versão, segundo a qual Rui Pereira se sentou numa terceira cadeira apressadamente colocada entre Sócrates e a jornalista. Esta terceira cadeira, ao contrário das outras duas, seria branca.

Finalmente, esta última versão, segundo a jornalista, não será contraditória com a primeira, pois ela teria aguardado em pé para se sentar na cadeira que foram buscar.

Este assunto é de tal gravidade que o ministro deveria ser chamado ao parlamento para o esclarecer. Ou então, ser alvo de um inquérito parlamentar (não esquecer que a jornalista assegura que o «cadeiragate» é parte de uma estratégia de Rui Pereira para não ser remodelado «depois dos resultados vergonhosos que apresentou no combate ao crime»). No mínimo, o próximo «Prós e Contras» deveria ser dedicado a esclarecer este caso que, se não me engano, levará à demissão do ministro ou até do próprio governo.

4 comentários :

CS disse...

Sob o risco de me dizer que se trata de publicidade pensei que gostaria de ler isto: http://tinyurl.com/c3kn97

PQ disse...

Ridículo,simplesmente. A Guerra da Cadeira ou representa acontecimentos reais e aí tem lugar cativo no anedotário nacional ou representa uma sensibilidade exacerbada da jornalista e faz já parte da pequena História corporativa da classe. De qualquer modo e tendo em vista a importância dos temas com que o país se debate, este assunto só pode realmente ser tratado com ironia. Somos todos pequeninos, ministros, jornalistas, povo e país, quando crescermos vamos ler estas histórias aos nossos netos, na esperança de que eles não as adoptem como filosofia de vida.

dorean paxorales disse...

Havia música ao mesmo tempo? Pode ser que se tratasse de um jogo, somente.

Já agora, alguém me sabe dizer quem é o Miguel Abrantes?

Carlos Esperança disse...

Já ao Salazar faltavam duas cadeiras:

- a eléctrica e a cadeira nos cornos.