segunda-feira, 16 de março de 2009

As contradições de Obama

O Barack Obama tem as suas coisas boas. Por exemplo, conseguir explicar com clareza porque é que um argumento religioso é sempre um argumento fraco quando avançado para justificar políticas públicas.
  • «O que a nossa democracia deliberativa, pluralista, requer, é que aqueles que são motivados religiosamente traduzam as suas preocupações em valores universais e não específicos das religiões. A democracia exige que as propostas deles sejam sujeitas a argumento e tratáveis pela razão. Se eu sou contra o aborto por razões religiosas e quero passar uma lei banindo a sua prática, não posso simplesmente apontar para os ensinamentos da minha igreja ou invocar a vontade de Deus e esperar que esse argumento seja suficiente. Se quero que os outros me ouçam, então tenho que explicar por que é que o aborto viola algum princípio acessível a pessoas de todas as fés, incluindo aquelas sem fé alguma.» (Time, 2006)
E no entanto não aplica este princípio ao defender as «iniciativas baseadas na fé».