O senhor Sik Kok Kwong, líder dos budistas de Hong Kong, afirmou que «para os budistas, disparar contra monges inocentes é como derramar sangue de Buda», e que «os responsáveis por isso irão para o inferno de Avici» (que é o reservado para os piores crimes).
Que raio de ideia. Quero lá saber do sangue do Buda. Matar pessoas é matar pessoas, sejam monges ou não, estejam vestidas de laranja ou não. Será que um monge é algo mais do que uma pessoa?
Que raio de ideia. Quero lá saber do sangue do Buda. Matar pessoas é matar pessoas, sejam monges ou não, estejam vestidas de laranja ou não. Será que um monge é algo mais do que uma pessoa?
[Esquerda Republicana/Diário Ateísta]
2 comentários :
ricardo, a realidade é que para a generalidade das pessoas o desrespeito pela vida das pessoas que abraçam a vida religiosa é um crime mais grave do que o mesmo crime aplicado a uma pessoa comum.
os perpretadores desses crimes sabem disso e jogam com isso.
ao atacarem monges, estão a dizer ao resto da população: se é assim com os monges, imaginem o que não seremos capazes de fazer convosco, reles plebeus?
por outro lado, os opressores procuram, geralmente, evitar o confronto directo com o clero. normalmente tentam comprar a sua lealdade. quando não conseguem ou a sua ideologia não o permite, procuram mantê-lo sob controlo.
quando o poder usa da violência directamente contra o clero, geralmente é porque está bastante desesperado, com medo de perder o controlo da situação.
este é um dado que a descrença no divino não deve procurar negar. é um dado sociológico comprovado em outros cenários de violência.
é verdade que é bem mais comum o poder aliar-se à religião para assegurar um controlo da sociedade mais efectivo.
mas por vezes a religião vira-se contra o poder, e quando isso acontece, fá-lo com muita força.
Sik Kok??
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