- «(...) não será libertado Mário Machado, o dirigente dos skinheads, que é acusado de incitar ao ódio racial, algo que em países genuinamente liberais não é crime, nem sequer delito de opinião. Tudo na longa manutenção de prisão preventiva de Mário Machado é estranho e aponta para razões puramente políticas, o que é inadmissível numa democracia» (Pacheco Pereira)
- «“P... de m..., não voltas a escrever sobre mim! E tem cuidado a andar na rua, parto-te todo. Um dia ainda te arranco a cabeça, meu p...”, gritou Mário Machado para o membro do Bloco de Esquerda e colunista do ‘Expresso’ à porta do Parlamento» (Correio da Manhã)
- «“Todos os nacionalistas são portadores de armas de fogo e estão preparados para tomar de assalto as ruas quando for necessário”, anunciou Mário Machado na RTP, Junho de 2006, enquanto exibia a sua shotgun» (Correio da Manhã)
Será que Pacheco Pereira também considera que os crimes de ameaça, agressão, porte ilegal de armas e sequestro se enquadram na categoria do «delito de opinião»?
7 comentários :
pois, trata-se de uma concepção da liberdade de expressão em que só os fortes poderiam dela usufruir.
assim, fazer ameaças e proferir insultos seria liberdade de expressão, o que implicaria que os ameaçados e insultados não teria forma de se defender.
só quando das ameaças se passasse ao acto poderia a justiça intervir.
é este o quadro mental de pacheco pereira.
Só mesmo Pacheco Pereira para insinuar que um verme como Mário Machado é um preso político. E como é que incitar ao ódio racial pode deixar de ser crime? Deverei eu ter liberdade de insultar, ameaçar e coagir e ficar impune?
O estranho não seria este sr dar entrevistas em que admite coisas destas? Não será ainda mais estranho que o partido deste sr seja sequer legal?
Quanto a Pacheco Pereira está a perseguir um caminho demagógico mas à falta de um programa ideológico coerente por parte do seu partido pode-se raptar e deturpar o liberalismo - sim porque suspeito que o interesse de PP no PNR em si é nulo.
É engraçada a opinião do senhor Pereira.
Mais ainda chamar a isso liberalimo.
É uma concepção interessante dele; do Sr Pereira.
Uma pessoa avança para outra disparando uma arma, mas está apenas a expressar-se ao abrigo do direito à liberdade de expressão e liberdade pessoal.
So se as balas que dispara atingirem a pessoa sob a qual avança é que estaremos perante um crime, perante esta ideia.
E mesmo aí suspeito que a pessoa que sofre os disparos ainda poderá vir a ser inculpada pelo facto de se ter colocado à frente da pessoa que dispara, estando a infringir a liberdade de expressão do que dispara.
É esta a concepção de liberdade de expressão de um óbvio doente mental chamado Pacheco Pereira, que deve ter tido reminiscências dos gloriosos anos em que andava a dar com cadeiras na cabeça de um actual secretário de estado chamado José Magalhães na faculdade de direito de Lisboa.
Esses, sim, é que eram os bons tempos em que se podia expressar livremente a liberdade de expressão instituido um estado de esíirito e uma sentimento próximo da anarquia.
Ò tempo volta para trás era o nome da canção...
Isto é assim:
- umas dúzias de mal-cheirosos destroem umas maçarocas, e estamos em estado de sítio, a polícia não faz nada, o governo nada faz, o fim da civilização está próximo.
- um partido e uns quantos grupos extremistas ameaçam de morte, têm e afirmam que têm e afirmam que irão usar armas para tomar o poder, e são uns santos perseguidos pelo Estado.
Assim vai a miséria intelectual pachequense.
Não concordo que ninguém seja condenado ou reprimido por delito de opinião, qualquer que ela seja e por acaso até ia, por uma vez, concordar com o Pacheco.
Ainda bem que li isto.
Quanto ao resto acho que o pacheco anda um bocado de cabeça perdida. está limitado a umas lapalissadas de página inteira no público, nitidamente para encher papel e cobrar à linha. É literalmente a táctica do polvo. Tenta esconder-se atrás de nuvens de tinta depois do que escreveu durante anos sobre o iraque e o médio oriente em apoio do Bush.
Magnífica comparação, Igor.
De resto, está tudo dito e é mesmo como diz a cão: a concepção (???) de Pacheco assenta numa lógica de Liberdade raptada pelos fortes. É uma formulação, no mínimo, infeliz que instaura um clima de Medo e eclipsa o Estado de Direito Democrático.
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