A liberdade de não ter religião inclui actos tão simples como não tirar o chapéu à passagem de uma procissão. No fundo, a liberdade de não seguir a multidão, de não ser como os outros, de não se conformar com o grupo. Ser um cidadão livre.
Em 1908 ainda não era possível ser diferente do rebanho:
Em 1908 ainda não era possível ser diferente do rebanho:
- «1908 [5 de Setembro] – Altercação pública entre um popular e o conhecido poeta, jornalista e escritor Guerra Junqueiro, em frente à redacção do jornal republicano do Porto, O Norte, quando decorria uma procissão religiosa, devido ao facto de o poeta se recusar a descobrir-se perante a passagem da procissão.» (Almanaque Republicano)
2 comentários :
Eu até aceito o princípio mas o exemplo não é dos mais felizes.
Totalitária a atitude de um mísero "popular"? Durante uma procissão onde decerto haveria milhares, senão centenas, de outros como ele e que nem ligaram à 'ofensa'? E logo em frente a um edifício republicano?
Grande almanaque de reportagens, sim senhor.
Dorean,
onde aparece a palavra «totalitária» no meu texto?
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