(Fotografia do Público.)
Reconheço o direito de José Sócrates a ter a crença religiosa que entender, e a professá-la da forma regular a que nos vai habituando no começo de todos os anos lectivos, embora apreciasse um pouco mais de discrição quando exerce as funções de Primeiro Ministro (diria o mesmo se o visse de socialista punho erguido numa inauguração semelhante). No entanto, a realização de uma cerimónia de cariz confessional na inauguração de uma escola pública parece-me pouco consentânea com a Lei da Liberdade Religiosa proposta e aprovada pelo PS em 2001 (artigo 4º: «Nos actos oficiais e no protocolo de Estado será respeitado o princípio da não confessionalidade»), e com a própria Constituição da República.
Resumindo: embora o senhor do meio possa gesticular como entender, o mais grave é o senhor do lado esquerdo da fotografia ter sido convidado.
1 comentário :
Nisto a MLR é muito mais honesta: não bajula, não faz cenas parvas! O Tony Blair português é, como o seu alter ego, um pateta bajulador. Ridiculo
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