- «Em geral, o mercado livre dá-nos o que queremos se as partes negoceiam em igualdade. Quando «não vendo» e «não compro» são igualmente ameaçadores. Se eu digo que as bolachas estão caras demais e assim não compro, o vendedor vai pensar mudar o preço. Mas se uma das ameaças tem muito menos força não funciona. Se sou diabético e digo que a insulina está muito cara, vou esperar que o preço baixe, o vendedor ri-se de mim. Olhe que amanhã por esta hora o preço ainda vai ser o mesmo.» («Empregos, bolachas e insulina», no Que Treta!)
- «Tem corrido uma pequena polémica na Alemanha em torno da escolha de Tom Cruise para interpretar Claus von Stauffenberg, um dos conspiradores que procuraram matar Hitler num atentado à bomba em 1944. Tratando-se de uma das figuras que recolhe reconhecimento como alguém que tentou terminar com a loucura do III Reich (...), a escolha de um membro da Igreja da Cientologia está a ser denunciada pela família e por diversos opinion-makers. Não sou fã de L. Ron Hubbard e da confissão que criou. Longe disso. Aliás, aquilo que acho de profundamente criticável no fenómeno da religião organizada acrescem factores de mercantilização acrescida e de alguma intransigência a atirar para o fanática na vivência do culto. Contudo, daí a vetar Tom Cruise pelas suas crenças religiosas não me parece de todo compatível com os valores de um Estado de direito e de uma sociedade democrática...» («Religião minoritária», no Boina Frígia.)
quarta-feira, 4 de julho de 2007
Revista de blogues (4/7/2007)
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