terça-feira, 30 de junho de 2009

Próximo Presidente da Câmara Municipal de Lisboa?


Confirmado o cenário de não coligação das esquerdas em Lisboa para as autárquicas de 11 de Outubro (apesar dos esforços meritórios de um grupo de cidadãos), Santana Lopes aparece como o mais provável próximo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, beneficiando de uma coligação das direitas que confrontará, sozinha, quatro listas de esquerda com possibilidades de eleger vereadores.

Efectivamente, se se repetir a votação das autárquicas de 2007, António Costa necessita de subir apenas 1,3% para ganhar a presidência da Câmara Municipal de Lisboa. Mas, se se repetir o resultado das autárquicas de 2005 (o que é mais provável, dado o carácter «anormal» da intercalar de 2007, com mais noventa mil abstencionistas do que em 2005), António Costa precisa de convencer 16% dos votantes desse ano a mudar para o PS. Parece muito improvável que o consiga, a menos que haja uma mobilização massiva do voto útil a favor de António Costa. ou melhor, contra Santana. Ainda se lembram das «trapalhadas»?

5 comentários :

Anónimo disse...

às vezes penso se não seria um a lição interessante Pedro Santana Lopes e Manuela Ferreira Leite ganharem as respectivas eleições...

Mas depois penso que o povo tem memória curta, e um ano depois de passarem estes chernobyl's já ninguém se ia lembrar...
E aí é que Portugal ia cair na mais negra miséria imaginável!...

Jorge Santos disse...

As negociações para a coligação já falharam, não há muito a fazer.
Helena Roseta dificilmente aceitaria coligar-se ao PS, e o BE muito menos, depois de ter cometido o erro na altura em que valia menos a pena a coligação.
As coisas teriam funcionado bem, se o Sá Fernandes, não se tivesse encostado tanto ao Costa. Coligação tudo bem, até tinha sido uma coisa construtiva mas o Sá Fernandes cometeu um erro.

So restaria o PCP, que já se coligou uma vez com o PS em Lisboa, no tempo do Sampaio, um homem mais á esquerda.
Mas vai ser dificil. Só espero que os lisboetas não tenham a memória curta e se lembrem do homem por trás do nome e do simbolo do partido.

Anónimo disse...

a culpa da coligação de esquerda ter falhado é dos pequenos partidos que não quiseram esquecer as suas diferenças:
O PCP porque o PS rompeu a longa coligação porque o primeiro exigia uma representação que correspondia a ter duas vezes a força do PS, coisa que era fictícia.
O BE porque quando Sá Fernandes quis mudar alguma coisa em vez de barafustar comprometeu a estratégia nacional do BE, e levou uma facada.
A Helena Roseta porque a única razão que tem para existir é a de dizer que o PS não é suficientemente de esquerda e amiga das pessoas, pelo que nunca se poderia coligar.

À direita, o MPT e o PPM estão radiantes como sempre de ter representação através do PSD como Sindel de Cordes a teve através de Mendes Cabeçadas.
O CDS-PP arranjou uma boa forma de esconder os seus resultados desastrosos em Lisboa. Já que nesta cidade os ainda numerosos fascistas votam PSD e não CDS-PP.
Manuela Ferreira Leite arranjo uma forma de integrar Santana, até porque este tinha o apoio das bases. E este, arranjou maneira de ter um lugar político de grande prestígio que lhe pode servir de trampolim para a sua grande volta ao poder. E que entretanto lhe permite fazer das suas...

Ricardo Alves disse...

Os diversos sectarismos das esquerdas dão nisto. À direita há menos pruridos e integrismos. E é por isso que Lisboa será de Santana. E o Governo nacional, quiçá, da Manela...

no name disse...

ou então é por isso que as esquerdas e os seus eleitores deveriam reflectir com cuidado sobre o que realmente desejam para o futuro.