O número de eleitores recenseados ultrapassa o número de habitantes contados pelo INE em quase 920 mil. Raramente se fala desta discrepância, que pode dever-se a: a) emigrantes temporários (daqueles que, embora não residam, se mantêm recenseados em Portugal); b) mortos não abatidos nos cadernos eleitorais; c) eleitores recenseados em dois locais diferentes (hipótese que, a confirmar-se, seria indicação de erros graves no processo de recenseamento); d) subestimação pelo INE da população total.
Em qualquer dos casos, quando no domingo se falar em «60% de abstenção», deve corrigir-se mentalmente para «talvez 50%».
3 comentários :
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Ain't life a bitch?!...
Já estão a preparar terreno para minimizar o efeito psicológico de uma enorme abstenção (além de tentar evitar perder a pouca legitimidade que os eleitos já possuem) - que não é explicada por nenhum desses factores.
Pedro,
a abstenção técnica é uma realidade. Que não minimiza o facto de as eleições para a Assembleia europeia serem sempre as de maior abstenção.
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