Na França, prevê-se que os conservadores ganhem com 28% (+11%); que os socialistas desçam para 17% (-12%); e que a grande surpresa seja a subida dos ecologistas para os 16% (+9%). Os centristas descerão para 8% (-4%). A extrema-direita lepenista descerá de 10% para 6%, e os soberanistas de direita de 7% para 5%. Pelo contrário, os soberanistas de esquerda sobem de 5% para 6% e os trotsquistas surgem com 5%. Deputados: 30 PPE (+13), 14 PSE (-17), verdes 14 (+8), ALDE 6 (-5), GUE/NDL 4 (+1), extrema direita 3 (-4), etc (são projecções).
No Reino Unido, confirma-se que os trabalhistas lutam pelo terceiro lugar com os liberais de esquerda, atrás dos conservadores e dos soberanistas de direita. Os verdes mantêm dois deputados, e os fascistas do BNP elegem dois pela primeira vez.
Na Itália, Berlusconi e as suas misses têm mais quatro, a Liga do Norte mais quatro (!), os socialistas mantêm (22/23), e os comunistas afundam-se (-7).
Na Espanha há um ligeiro movimento para a direita, na Polónia um movimento muito acentuado para a direita.
O grupo de países que descrevo acima elege mais de metade dos deputados ao parlamento europeu.
Enfim, no geral, as quedas significativas dos socialistas na França, no Reino Unido e na Polónia viram à direita a composição do Parlamento Europeu. É incrível como a esquerda, nos vinte anos que decorreram desde o fim das ditaduras do leste da Europa, não se reconstruiu. Nem a esquerda social-democrata, nem a marxista. A única novidade global é a esquerda ecologista.
1 comentário :
Ricardo Alves:
"...É incrível como a esquerda, nos vinte anos que decorreram desde o fim das ditaduras do leste da Europa, não se reconstruiu."
É incrível, porquê?
Isto espanta alguém?
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