Todo torcido, lá a recebeu e aproveitou para lhe dizer que o aborto é um crime (não lhe podia dizer a verdade: que para ele a sexualidade das mulheres é um crime - a pílula, os preservativos, o sexo fora do casamento, a masturbação, a pílula do dia a seguir, o aborto, são uma sequência de pretextos contra uma coisa que ele não pode suportar, e essa coisa é a sexualidade feminina).
Mas enfim, é divertido ler estas coisas. A ICAR odeia o Partido Democrata com paixão e fez abertamente campanha por Bush em 2000 e 2004, e por McCain em 2008. Assim, não houve jornalistas nem fotografia oficial. O papa deu-lhe 15 minutos, despachou-a e depois declarou qualquer coisa sobre o facto de Nancy Pelosi ser pro-escolha.
E ela encantada, fez imensas declarações, disse que os católicos americanos são maioritariamente democratas (uma coisa que enfurece este papa e desacredita os bispos todos que fizeram declarações a favor de Bush e se negaram inclusivamente a dar a comunhão a John Kerry) e que adorou a visita.
O papa deve ter tomado remédios para a azia sem parar durante os 4 ou 5 dias da visita.
Deve ser uma vida muito triste, sempre a querer reprimir os outros (em vão), a meter o nariz na cama e na casa de banho dos cidadãos, a dar ordens, a apontar as coisas más e a emitir proibições. Deve ser horrível ser papa. Imagino que nem o luxo imoral em que os papas vivem deve compensar as frustrações de se saberem ignorados pelo mundo e usados por políticos que se estão nas tintas para eles.
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