quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Ratzinger recentrado

Ratzinger conhecia a Fraternidade São Pio X e os seus (ir)responsáveis bispos, quanto mais não fosse porque foi ele próprio que, há duas décadas e enquanto prefeito da «Congregação para a Doutrina da Fé», tentou impedir o afastamento destes católicos tradicionalistas. Sabia portanto o que estava a fazer. Pode não ter adivinhado todas as consequências, mas sabia quem eram, e o que pensam, as ovelhas que voltariam ao redil.

Portanto, a verdadeira questão é o porquê destas re-comunhões. A resposta mais óbvia é que considera os católicos tradicionalistas parte da sua ICAR, da igreja que imagina e que deseja. E as opiniões políticas e históricas dos lefebvristas, provavelmente, não o chocam intimamente por aí além. Outra resposta é que Ratzinger deseja criar um contrapeso aos «católicos progressistas». E está a consegui-lo. Por compreender isto, Hans Kung pede a demissão do Papa e Leonardo Boff chama-lhe «pastor medíocre» e «politicamente desastrado», e sugere também o afastamento de Ratzinger. Para azar deles, Ratzinger parece preferir uma ICAR mais pequena mas mais coesa.

Nota final: Williamson não é o único anti-semita dos bispos reintegrados. Outro desses bispos, Tissier de Mallerais, já proclamou que «os judeus são os mais activos artesãos da vinda do anti-Cristo». Esse mesmo Mallerais já anunciou a intenção dos lefebvristas de «converter Roma». (E o próprio Lefebvre era crente no «complô judaico-maçónico-comunista».)

[Diário Ateísta/Esquerda Republicana]

4 comentários :

Filipe Castro disse...

Espero que entre snobs, pedófilos e nazis, eles acabem por estampar a organização contra uma parede.

Zeca Portuga disse...

ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!

Pedro Fontela disse...

Filipe Castro,

Acho que todos esperamos isso mas sinceramente não penso que vá acontecer em breve... pelo menos não por causa de escandalos.

Zeca Portuga disse...

“E as opiniões políticas e históricas dos lefebvristas”

Ora aqui está o âmago da questão. Os ateus, os maçónicos e outras máfias afins, não perdoam a D. Marcel Lefebvre a ousadia de denunciar grande parte das suas pútridas intenções (como já expliquei no meu blog).
É claro que qualquer gang, como os ICAR (Insolentes e Contraculturais Ateus Republicanos) ou algumas facções da maçonaria, vêem uma ameaça e um alvo todo aquele que sobre eles contar as verdades.
A estupidez toma notas de cómico: não existe “demissão do papa”. È ridículo e totalmente hilariante ver a preocupação com que os ateus se dedicam à vida da Igreja. Sentindo-se impotentes, tomam a postura dos cachorritos pequenos, ladram, ladram e correm borrados de medo!
A vida interna da Igreja não é assunto com os ateus tenha nada a ver, muito menos opinar.
A Igreja é uma família, e quem se mete com família alheia, é estúpido intruso, e um palerma sem qualificação.

Ou não será?
Continuo com a minha questão:
Porque razão pode haver gente anticatólica, anticristã, e não pode haver anti-semita.

Eu detesto os judeus. Não por questões religiosos, mas por questões bem mais terrenas, que se fundam no terrorismo e na destruição que eles espalham numa terra que roubaram. Nesse aspecto, sou um anti-semita confesso, tal como sou um anti-americano confesso e com muito orgulho.
Defender os maiores terroristas do mundo, os instigadores dos maiores crimes da actualidade, os mais aldrabões e facciosos do planeta, são princípios que não casam com a minha filosofia de vida.
É evidente que existe um “complô” judaico-americano, no qual entra a máfia maçónica, tal como na Europa, onde tem minado todo o sistema de poder.
Só um nabo zarolho é que não vê isso.

É um bom tema para um Post meu! Vou aproveitar isto