sábado, 7 de fevereiro de 2009

A evolução de Fátima

Foi colocado no arquivo da Associação República e Laicidade um ensaio sobre Fátima publicado, em Dezembro, pela revista L´Idée Libre: «Fátima e a transformação do catolicismo português». O artigo descreve a evolução de Fátima, da manifestação anti-republicana de 1917 ao actual «centro comercial da fé», passando pelo santuário anticomunista do Estado Novo.

Resumo: «As «aparições» de Fátima, entre 13 de maio e 13 de outubro de 1917, nasceram em reacção ao laicismo da República e nas circunstâncias da 1ª guerra mundial, mas o culto e o santuário ali instalados adaptaram-se facilmente ao regime reacionário de Salazar, designadamente ao seu anticomunismo, e constituem hoje o coração do catolicismo português, que seria inimaginável sem Fátima e o seu capital simbólico e financeiro».

Conclusão: «O catolicismo português, religião oficial do Estado até 1910, substituiu o apoio estatal pelo apoio na crença na visita a Portugal de uma figura celestial».

Da bibliografia consultada, foi-me particularmente útil «As "aparições de Fátima" - Imagens e Representações», de Luís Filipe Torgal (editado pela primeira vez pela Temas e Debates em 2002), na minha opinião o estudo histórico mais sério e sistemático, actualmente existente, sobre a maior aldrabice do século 20 português.

Guardado também no meu arquivo pessoal.

[Diário Ateísta/Esquerda Republicana]

3 comentários :

Zeca Portuga disse...

«O catolicismo português, religião oficial do Estado até 1910, substituiu o apoio estatal pelo apoio na crença na visita a Portugal de uma figura celestial».

Ora, nem o peçonhento ódio do Costa e seus gags seguidores (nos quais se incluem os actuais ateistas), poderam, fosse o que fosse, contra a tal "visita celestial".
O Costa e o seu gang, mais uns tantos da mafia do avental, tanto se enervaram que até perderam uns anos de vida - mas nada puderam fazer!!!
Com os actuais membros da mafia do avental e seus gangs, passa-se o mesmo: derrentam-se de ódio, rebolem-se indecentemten no chão com a vossa ira... são inofensivos e inuteis.

Já agora, convem que se diga que o Estado, antes de 1910, não era "tão católico" como isso: veja-se o caso do Aguiar!!!!!

Portanto, mordam-se todos, esfarrapem-se em ódio e estupidez... contra Fátima, nada podem!

Ricardo Ferreira disse...

Zeca, tanto ódio...

Parece um discurso do hitler.

Não sei porquê, todos os católicos fanáticos têm esse discurso de odio. Então o cristianismo não é uma religião de amor?

Zeca Portuga disse...

Ricardo:

Eu é que demonstro ódio!... quando o único propósito deste Post é o ódio aos cristãos, vindo do tempo das analfabetos da 1ª república.

Este Post é um exemplo do ódio (inútil, porque não passa de lixo amontoado num canto da internet) às práticas cristãs, com a intenção de ferir e enxovalhar os católicos - e desafio-o aqui, se realmente tiver uma só molecula de dignidade, se realamente for um homem, desafio-o - dizia eu -, a provar o contrário.

Repare na peregrina estupidez de um simplório ateu, que não conhece mais terreno que seu quintal e que se deixa guiar por meia duzia de cegos, na pálida esperança de se tornar conhecido, a dizer coisas como. " a maior aldrabice so século 20".

Mas, caberá na cabeça de um catraio de 10 anos, medianamente inteligente, que ele tem mais razão do que muitos milhões de pessoas, bem mais esclarecidas e conhecedoras do mundo do que ele... e que ele é que está certo e outros todos são uns palermas.

Já vi alguns começar assim... o fim deles é que não ralatarei!

Eu sou católico, mas não sou santo!
Como tal, se me oferecem uma estalada, eu só se mesmo não tiver tempo, senão, dou duas!