quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Fascismo

Eu acho que nenhum de nós deve ter o direito de proibir os fascistas, os comunistas, os racistas, ou os idiotas mais perigosos de se organizarem em partidos. A estupidez não é um crime (mesmo a estupidez criminosa) e acho que argumentos devem ser combatidos com argumentos.

Se os fascistas se tornarem violentos ou desatarem a vender drogas, ou a comprarem armas ilegais devem ir presos. Eu sou a favor de um código penal extremamente intolerante com os crimes de ódio.

Acho um escândalo que o assassinato de uma pessoa por razões étnicas seja punido com uma pena de 5 anos de prisão efectiva (ou menos). Os skins que mataram o Alcino Monteiro deviam ter apanhado penas exemplares.

Mas enquanto não forem violentos, os fascistas e os nacionalistas e os que odeiam os imigrantes, ou as mulheres, ou os judeus, ou as corridas de toiros, ou os comunistas, ou o Sporting, ou os fascistas, ou os padres, os imames, os rabis, os homeopatas, os astrólogos, ou os comentadores desportivos, todos devemos ter o direito de nos exprimirmos, de nos associarmos, e de falar das coisas que nos angustiam, de dizer e escrever coisas estúpidas e ofensivas.

Eu não sou um exemplo de moderação e de tolerância: o meu ódio a todas as formas de religião organizada (excepto talvez em relação a algumas paróquias anglicanas de hippies agnósticos, ou de judeus reformados, ou 'unitarians' com bongos e autocolantes do Obama, dependendo dos dias) não é uma das minhas melhores qualidades. E eu adoro ter liberdade para escrever coisas que eu sei que são ofensivas para os católicos, os comunistas, os judeus, os muçulmanos, a bancada lateral do estádio do Benfica, etc.

Pessoalmente, acho que estes partidos 'da liberdade' são manifestações tristes de recusa de compreender o mundo em que vivemos. Mas acho que os 7.500 signatários têm o direito de odiar pública e organizadamente 'a globalização' e 'os imigrantes' e os ateus e todas as coisas todas que lhes metem medo ou que lhes fazem nervos.

Cabe-nos (tentar) explicar-lhes que o provincianismo se trata com livros e com viagens, que o pluralismo e a diversidade são o sangue da civilização, e depois gozarmos com eles e metê-los na prisão se eles se tornarem violentos.

Até lá acho o Durão Barroso muito mais perigoso do que estes tontos do nacionalismo e do isolacionismo e da 'raça' e da monarquia e do sr. Duarte, etc.

Acho que fazem parte da paisagem. Como os que vão à santa da ladeira, ou os que se arrastam à volta do santuário de Fátima de joelhos. Enquanto forem os joelhos deles... :o)

11 comentários :

Anónimo disse...

É preciso partir os dentes à reacção! Qual liberdade, a de enganar ainda mais o povo?

De qualquer maneira não serão muito diferentes dos sociais-democratas direitistas do PS e do PPD e dos pseudo-liberais conservadores do PP.

É udo a mesma coisa, com um objectivo: enganar, iludir, enganar, iludir, para semaer a opressão debaixo da capa da democracia.

Ricardo Alves disse...

Exacto, Filipe. ;)

Zeca Portuga disse...

Por acaso (ou talvez não), trata-se de um post com afirmações do foro criminal.

Quando tiver mais vagar comentarei.

Por isso, fico por aqui:

“E eu adoro ter liberdade para escrever coisas que eu sei que são ofensivas para os católicos, os comunistas, os judeus, os muçulmanos, a bancada lateral do estádio do Benfica, etc.”

Trata-se de uma “liberdade” que não tem, efectivamente. Mas, dada a bandalheira em que o país (e a Europa), se tornou, todos temos essas e muitas mais “liberdades”: como roubar, agredir, matar, etc.
È aqui que a doutrina católica é atacada, por ser contra estes actos!

Artigo 251.º
Ultraje por motivo de crença religiosa
1 — Quem publicamente ofender outra pessoa ou dela escarnecer em razão da sua crença ou função religiosa, por forma adequada a perturbar a paz pública, é punido com pena de prisão até um ano ou com pena de multa até120 dias.


Artigo 181.º
Injúria
1 — Quem injuriar outra pessoa, imputando -lhe factos, mesmo sob a forma de suspeita, ou dirigindo-lhe palavras, ofensivos da sua honra ou consideração, é punido com pena de prisão até três meses ou com pena de multa até 120 dias.

Artigo 182.º
Equiparação
À difamação e à injúria verbais são equiparadas as feitas por escrito, gestos, imagens ou qualquer outro meio de expressão.

João Vasco disse...

Eh!Eh!

Logo o Zeca Portuga para se indignar com o insulto...

Chama os outros de canalhas, imbecis, ignorantes, imorais, violentos, e sabe-se lá que mais, e depois afirma que o insulto é o primeiro degrau para a delinquência e manifesta-se muito ofendido pelo texto do Filipe.

O Filipe é coerente: escreve um texto a defender o direito ao Zeca de dizer as baboseiras que quiser em liberdade. O Zeca por outro lado fica indignado com os insultos alheios, mas nem se apercebe que não sabe argumentar civilizadamente, sem recorrer constantemente a uma algarviada de insultos.

Ricardo Alves disse...

Mas quais insultos, João Vasco? O Filipe nem sequer insultou os religiosos neste texto...

João Vasco disse...

Claro que não.

Mas o Zeca sentiu-se insultado.

Chama-nos canalhas e imorais, mas fica indignado com o texto que o Filipe escreveu a dizer que defende o direito do Zeca e outros do género de dizerem as baboseiras que quiserem.

Zeca Portuga disse...

João:

Eu não falei do insulto.
O que eu disse é que o Filipe diz que gosta de "ter a liberdade de insultar" os católicos... etc.
Acontece que não existe essa "liberdade". Nem isso seria uma "liberdade", já que não se suporta num direito .

O que disse, e mantenho, é que tal só acontece porque estamos num país de bandalhos - nesse caso eu posso fazer o mesmo.

Filipe Castro disse...

Não faço ideia onde haja um país que seja de bandalhos... não sei que cotinente será esse, que não tenha banqueiros mentirosos, patrões que roubam ao fisco, sindicalistas que abusam do sistema e metem as contas pessoais no sindicato, políticos que vendem os constituintes à mínima oportunidade, ou aldrabões que querem vender o céu aos supersticiosos e aos crédulos. Isto são coisas de todos os países e de todos os tempos. E eu reservo-me o direito de gozar com eles sempre que me apetecer: os yuppies, os padres, os mandarins do IGESPAR, os polícias, etc. Só isso. :o)

Filipe Castro disse...

queria dizer: "...um país que não seja de bandalhos" obviamente.

Filipe Castro disse...

esqueci-me de dizer: o respeito merece-se. :o)

Anónimo disse...

perfil do Zeca:

http://www.blogger.com/profile/03866670400149262170

Quem sou eu

Nome: Zeca Portuga
Idade: De ter juízo
Estado Civil: Desiludido com o meu país
Residência:Em casa própria, mas paga uma renda chamada IMI
Profissão: Faz-de-conta coagido
Habilitações: Palerma “horroris-causa”
Principais defeitos: Acreditar, ser sério
Principal virtude: Não posso mudar o mundo, senão…
Área de interesse: Detesto políticos, “desportistas profissionais”, americanos, paneleiros e afins

Notas biográficas: Nasci no tempo de Salazar, quando ainda existia um país chamado Portugal. Aprendi muitas coisas numa instituição chamada Escola que naquele tempo existia.

Ideologicamente...: Sou monárquico, conservador, de direita, não partidarista...
anti-republicano, anti-maçónico, anti-laicista... e outras máfias!

Vivi uma revolução e prometeram-me: justiça, respeito, igualdade, liberdade, democracia, bem-estar… era tudo mentira.

Paradoxo: Sou católico, apostólico, romano mas gosto muito de muçulmanos e orientais.
Atenção:
Neste Blog quem dita as regras sou eu!
blog
http://circoluso.blogspot.com/2009/02/o-indecente-ideario-ateista.html

chama ateus de nazis....
e ainda quer falar de lei ???????