Não há, portanto, razões para admiração. Mas a questão da adopção deixa-me perplexo! A sociedade (que aceita que as crianças sejam brutalizadas em orfanatos sem pestanejar) acha que um homem ou uma mulher, sózinhos, podem perfeitamente educar uma criança, mas acha que dois homens ou duas mulheres juntos não têm, por definição, capacidade.
E eu acho que em vez de religião e moral se devia dar às crianças aulas de lógica, para elas, quando crescerem, não serem como os nossos depudados. :o)
3 comentários :
A possibilidade de adopção por parte de casais homossexuais é como tentar estancar uma hemorragia numa artéria femoral com um penso rápido, uma vez que o número de casais candidatos não aumentaria significativamente.
A adopção em Portugal é difícil e morosa, prejudicando gravemente as crianças. Por outro lado, as condições no orfanatos devem ser melhoradas, afinal de contas estamos a falar de pessoas!
E concordo completamente consigo: aceitar a adopção monoparental e rejeitar a de casais homossexuais não faz sentido nenhum.
Caro Filipe,
O parlamento não foi homofóbico, mas apenas hipocrita e oportunista. Quando convier ao PS, a lei será aprovada. Não sei o que é mais grave, se a homofobia, se a hipocrisia e o oportunismo.
A questão da adopção não tem nada a ver com capacidade de educar. Ai, o PCP tem mais bom senso que o BE, em que impera o foclore fracturante. Este argumento da capacidade de educar faz-me lembrar "a barriga é minha" para a IVG. Atira completamente ao lado da questão.
Claro que isto são problemas mais complexos do que uma simples convicção de quem é que tem capacidade para educar. Mas "completamente ao lado" parece-me um uma observação um bocadinho desfocada.
Quanto às grávidas, a barriga é delas. Pelo menos, da última vez que fui ver. Ou eu terei perdido alguma reunião?
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