A maioria parlamentar do Partido Trabalhista de Tony Blair nas eleições de quinta-feira poderá estar por um fio. As sondagens dos últimos dias tanto dão o diferencial Trabalhistas-Conservadores em quarto minguante como em quarto crescente. Tendo em conta que o sistema eleitoral britânico (uninominal sem exigência de maioria em cada círculo eleitoral) torna o resultado global muito sensível a pequenas variações locais, neste momento é impossível apostar em qual dos três cenários possíveis se realizará, por ordem de probabilidade: (i) maioria absoluta trabalhista; (ii) maioria relativa trabalhista; (iii) maioria relativa conservadora.
Uma maioria absoluta conservadora é pouco provável, até porque o PIRU (Partido da Independência do Reino Unido) poderá tirar votos aos conservadores em alguns círculos eleitorais.
Tory Blair está em dificuldades principalmente devido ao seu papel na guerra do Iraque, que levará muitos votantes tradicionais dos trabalhistas a absterem-se ou a votarem nos liberais-democratas. Aliás, Billy Bragg apela a que se vote nos «lib-dems» apenas onde isso não possa recompensar os Tories, e Glenda Jackson, uma trabalhista, pede que a elejam para que possa combater Blair no Parlamento. Polly Toynbee acha que a desideologização da Terceira Via impede as pessoas de reconhecerem o que os trabalhistas têm feito de positivo. Saudavelmente, os jornais reino-unidenses assumem as suas preferências partidárias em editoriais.
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