- «O Presidente da República reitera o entendimento de que o Governo dispõe de condições para cumprir o mandato democrático em que foi investido e manifestou o seu empenho em que sejam honrados os compromissos internacionais assumidos» (do blogue de Cavaco).
domingo, 7 de abril de 2013
Quem não apoiou Manuel Alegre que meta a mão na consciência
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9 comentários :
Queres com certeza dizer "quem votou no Cavaco". É que havia outros candidatos que não teria esse "entendimento".
Que fique claro que não tenho nada contra o tom do post. Há políticos que merecem dizer "ou estão comigo ou contra mim". Mas o pateta Alegre certamente não é um deles.
Tendo em conta que existem duas voltas para evitar o voto útil, discordo do post. Concordo com o Filipe: quem votou Cavaco Silva que meta a mão na consciência.
(Votei no Manuel Alegre nas últimas presidenciais)
Sim, um «pateta». Tanto desprezo por quem ficou duas vezes em segundo contra Cavaco...
Eu também votei no Alegre em 2011, e subscrevo completamente o comentário do João Vasco.
Subscrevo os comentários de JV e FM.
Acho que nem o Nobre (o tal que acreditava na honestidade de PPC) manteria este desGoverno em funçöes.
Uma eleição presidencial não é para ficar em 2º nem em 3º, muito menos para ficar satisfeito com 5% ou 10%. Só há mesmo um cargo em eleição.
Quanto ao Cavaco: uma maioria simples dos seus eleitores quer manter este governo em funções.
Uma eleição presidencial em Portugal é para conseguir 50%+1 dos votos expressos;
O Cavaco levou 53% dos votos logo na 1.a volta. Queres-me fazer crer que houve 4 p% de votos no Cavaco que iriam para o Alegre caso näo houvessem outros candidatos à Esquerda?
Nesse caso, sendo que PSD+CDS conseguiram 50,37% em Junho, o mais que podes dizer é
"Quem de entre os eleitores do PS não apoiou Manuel Alegre que meta a mão na consciência".
Estás a ignorar as duas voltas, Ricardo. Se os apoiantes dos outros candidatos tivessem votado em branco, ou se tivessem abstido, numa hipotética segunda volta entre Cavaco e Alegre, o caso seria diferente.
Mas numa primeira volta isso não faz sentido. Manuel Alegre poderia ter os votos de todos os outros candidatos e ainda assim perderia as eleições contra Cavaco Silva. Na primeira volta só existe um cenário em que o "voto útil" pode fazer sentido: se uma pessoa tem uma elevada preferência face um de dois candidatos que estejam a disputar o segundo lugar, mas tenha uma preferência ainda superior por um que esteja abaixo. Só neste cenário altamente improvável é que o dilema entre o voto "com o coração" ou o voto útil faz sentido numa primeira volta - para evitar qualquer dilema deste tipo só fazendo tantas voltas quanto o número de candidatos menos um, excluindo o último em cada uma delas, ou fazendo uma única volta preenchendo uma lista ordenada no boletim de voto (o efeito seria o mesmo, mas seria mais barato e prático).
Enfim, divagações à parte, essa é uma situação muito rara e "na prática" (e certamente no caso das últimas presidenciais) pode votar-se "com o coração" na primeira volta. É por isso que é tão bom existirem duas voltas.
O teu post parece ignorar isto.
O Cavaco foi eleito só por causa dos seus eleitores, que foram mais de 50%. Nenhum dos eleitores de outros candidatos poderia ter feito nada para alterar isso. E nenhum tem portanto qualquer responsabilidade pela eleição de Cavaco Silva.
O Cavaco também foi eleito porque a esquerda achou que aquele era o momento ideal para:
a) dizer que ele era demasiadamente centrista;
b) dizer que ele era demasiadamente extremista.
A mobilização das máquinas partidárias, infelizmente, conta muito na dinâmica das eleições presidenciais. E em 2011, infelizmente, notou-se muito...
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