- «Conheci Miguel Gonçalves num desses colóquios sobre “observação de tendências” a que acedo, com vaga relutância, por razões profissionais. Aos que não conhecem a mecânica dos colóquios em Portugal basta explicar que aí se cruzam três tipos de oradores: o semideus americano com trabalho publicado, consultoria pujante e coisas para dizer; o rato de laboratório, que uma pesquisa esdrúxula alcandorou à bolsa de estudo em Manchester ou ao louvor endomingado de Marcelo Rebelo de Sousa e, para deleitar a turbamulta, os palhaços. Miguel Gonçalves era o palhaço. Durante trinta minutos exibiu o rosto amável do empreendedorismo merdalejo com vocação universal: ele tinha criado uma “startup” espectacular. Ele visitara o Silicon Valley em chanatas e bebera Coca-Cola no McDonalds frequentado por Bill Gates. Ele tinha programado uma “aplicação” “brutal” para uma bosta qualquer e trabalhava “vinte e quatro horas por dia” para cumprir o sonho meritório de vir a ser “pornograficamente rico”. Pior que tudo, ele não parava de gritar. “Que pena”, reflecti na altura, “não meterem este tipo no PSD”. Alguém me ouviu.» (Luís M. Jorge)
Arroz outra vez?
Há 2 horas
1 comentário :
Esse caramelo pouco doce diz que foi ao Vale do Silicone e comeu no mesmo Merdonald’s onde ia o Bill Gates, e agora dá palestras sobre empreendedorismo. Ui que máximo!
Ganhou conhecimento por osmose, tal como o Relvas que o contratou, porque academicamente parece que passou entre 1997 e 2007 mais tempo no Insólito do que na Universidade.
Ora eu em Helsínquia estive a comer no mesmo restaurante onde duas mesas ao lado comia o bicampeão de Fórmula 1 Mikka Hakkinen. No mesmo dia, à mesma hora!
Começarei entäo a dar palestras de como ser piloto de corridas, para ganhar a vida!
Tá fêto!
Enviar um comentário