Independentemente da solução que vier a ser encontrada (e o Conselho de Ministros extraordinário de amanhã poderá ou não adiantar algo nesse sentido), parece-me ter ficado demonstrado que este governo não sabe governar Portugal com esta constituição. Dado que são as leis que têm que se submeter à Constituição e não o contrário (como recordou o presidete do tribunal), é uma questão de honestidade mínima: se (e quando) Passos Coelho decidir recandidatar-se à liderança do governo terá, primeiro, de se convencer, e depois deixar claro que só aceita formar governo (ou seja só terá condições para governar) com uma maioria de 2/3, necessária para mudar a constituição. Enquanto tal não for conseguido, ou enquanto não for encontrada outra solução governativa, andaremos num impasse. Impasse esse que não traz nada de bom.
sexta-feira, 5 de abril de 2013
Subscrever:
Enviar feedback
(
Atom
)
2 comentários :
Há quase dois anos, discutimos os dois, numa caixa de comentários deste blogue, como se poderia travar este governo nas condições em que tomou posse (maioria absoluta, presidente amistoso, etc...). Lembro-me de que chegámos à conclusão de que o governo seria travado pelos tribunais. Tudo nos últimos dias indica isso: principalmente o TC, mas também as condições da demissão de Relvas(*), a própria «absolvição» da Myriam Zaluar... Apesar de todo o mal que se pode dizer da Justiça em Portugal, a verdade é que se está a demonstrar um verdadeiro poder independente.
(*) IGEC, não um tribunal. Mas vai dar ao mesmo.
Exactamentes. A perplexidade do P"SD" advém precisamente de pensar que lá por ter mantido regalias aos juízes do STJ eles anuiriam à marosca. Lixaram-se.
Parece que Marinho Pinto näo só tinha razäo, como influenciou mais do que foi propagandeado. E ainda bem para os portugueses.
"Este governo não sabe governar", ponto final. Este governo não saberia governar nem a Alemanha.
Enviar um comentário