Pela primeira vez, o governo do País Basco poderá não ficar nas mãos dos nacionalistas indígenas. É uma boa notícia. A terra é de quem lá vive e trabalha, não de quem se arroga tê-la herdado por um critério etnicista, ou mantê-la através da chantagem, do crime e da violência.
Os anti-espanhóis militantes da lusa pátria não gostarão, com certeza, desta noite eleitoral. Mas a épica da resistência e do irredentismo bascos terá, um dia, que se pacificar, a bem de quem gostaria de viver sem bombas e pistoleiros. A outra parte do problema, o nacionalismo de Madrid, parece-me que já se moderou há uns tempos, e portanto não serve de desculpa.
Os anti-espanhóis militantes da lusa pátria não gostarão, com certeza, desta noite eleitoral. Mas a épica da resistência e do irredentismo bascos terá, um dia, que se pacificar, a bem de quem gostaria de viver sem bombas e pistoleiros. A outra parte do problema, o nacionalismo de Madrid, parece-me que já se moderou há uns tempos, e portanto não serve de desculpa.
19 comentários :
E a derrota do psoe e dos radicais de esquerda na Galiza também é de assinalar.
Radicais de esquerda ????
«Pedro»,
o caso da Galiza é bastante diferente: não há nem uma minoria violenta, nem um projecto independentista inegociável e extremado.
Não sei como são as regras no País Basco. Mas se o partido mais votado (Partido Nacionalista Basco, de direita/centro-direita) for convidado a formar governo ainda poderá haver um partido nacionalista basco no governo (com maioria absoluta se, por absurdo, se coligasse com todos os partidos de menor expressão eleitoral). Já agora, o PNV é um partido que não tem qualquer projecto independentista, muito menos inegociável ou extremado.
Moncho, o BNG é outra coisa?
Ricardo, é diferente e ainda bem agora passo a passo o caminho ia dar ao mesmo pois o psoe na ânsia de poder aliou-se a um partido que sendo soberanista possui uma organizaçao juvenil que é encarregada de agredir adversários, sabotar manifestaçoes pacíficas e legais, realizar ameaças, enfim, o que os jovens do batasuna faziam e fazem
A piada da Espanha é a sua fragilidade...Basta, fora da peninsula, falar com um galego ou com um catalão (para não falar nos bascos) e fazer uma pergunta muito simples: de onde é que és?
As respostas variam: "Da Galiza", "Da Catalunha" e, de longe a longe, há um que diz "de Espanha"...
A espanha dividida pelos nacionalismos e pela crise financeira que a devasta é um terreno fértil para a produção de argumentos dos neoliberais contra uma governação de esquerda. Humildemente convido a visitar a contra argumentação ao neoliberalismo que hoje proponho:
http://ovalordasideias.blogspot.com/2009/03/as-falacias-neoliberais-proposito-de.html
"Mas a épica da resistência e do irredentismo bascos terá, um dia, que se pacificar, a bem de quem gostaria de viver sem bombas e pistoleiros"
generaliza-se muito por aqui - os palestinianos são uns coitadinhos espezinhados pelos israelitas, já os bascos são uns selvagens que vivem à lei da bala.
quem põe essas bombas e vive à pistolada não passa de uma ínfima parte da população, e era de esperar que qualquer um soubesse. mas pelos vistos não sabe. claro que deve ter que ver com o facto de partidos nacionalistas terem sido eleitos democraticamente (uma expressão que deve provocar comichão ao ricardo quando os eleitos não são do seu agrado) durante 30 anos.
este post demonstra uma imensa ignorância em relação à história e sociedade espanhola, que é um dos melhores exemplos de integração regional.
«quem põe essas bombas e vive à pistolada não passa de uma ínfima parte da população, e era de esperar que qualquer um soubesse. mas pelos vistos não sabe»
Olhe «Zé Gato», achou que eu estava convencido de que a ETA era maioritária? ;);)
Sinceramente, a sua intervenção, para além das tentativas de insulto e das acusações de ignorância, não tem nada. Zero.
Pedro,
o nível de violência na Galiza é bastante inferior ao do País Basco. A diferença é essa.
O BNG esteve 4 anos no governo autonómico, e muitos mais anos governando autarquias. Nesses anos o seu labor de governo nunca foi "esquerdista radical", em tudo caso "esquerdista morno". Há já bastantes anos que o BNG tem um discurso quase socialdemocrata, e governa como um partido socialdemocrata. (Como o PS não como o PSD).
Como mudam os tempos. O Blog Esquerda Republicana a congratular-se pela derrota das forças progressistas e anti monarquicas em Espanha, dando tempo de antena e argumentos a "espécimes" como o "designado Cristão Manso".
que não sabe do que fala.
Força ao BNG, continuem a vossa luta.
«O Blog Esquerda Republicana a congratular-se pela derrota das forças progressistas e anti monarquicas em Espanha»
O PNV é «progressista»?
Devo ter entendido mal...
Muito me custa a entender que a esquerdalha republicana seja contra a autoderterminação de um povo.
Foram também assim no caso do Kosovo?
Não me recordo da vossa posição, mas há mais razões apra a independencia dos Bascos do que do Kosovo!
O caso do Cambedomaquis revela-nos a consequência lamentável mas óbvia da falta de comparticipaçao estatal para a aquisiçao de medicamentos para a esquizofrenia.
"cristão calmo" convido-o a visitar o blog www.cambe-domaquis.blogs.sapo.pt, e perceba uma pequena parte da história de profunda ligação e cumplicidade entre o Norte de Portugal e a Galiza que ainda hoje é profundamente cultivada por todos que temos o prazer de viver na Gallecia (Norte de Portugal e Galiza).
Ricardo Alves, não me estava a referir ao PNV, pois não conhece a realidade Basca, referia-me sim ao BNG (Bloco Nacionalista Galego).
«João XXI»,
eu não falei da derrota eleitoral do BNG!
JoãoXXI:
Veja lá o URL do blog que indicou, porque eu não consigo aceder oa blog.
Não se enganou?
cambedo-maquis.blogs.sapo.pt
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