- Como definirias “ateísmo”? R: A resposta mais correcta será que ateísmo é confiar estritamente na ciência para compreender o mundo. A mais óbvia é a outra, a de não acreditar em deuses, fadas, astrologia, sobrenatural e, sobretudo, na vida para além da morte.
- Tiveste uma educação religiosa? Se sim, de que tipo? R: Tive uma educação ateísta.
- Usando apenas uma palavra, como descreverias o “design inteligente”? R: Golpe-de-rins.
- Que campo científico mais te interessa? R: Neste momento, e no que ao ateísmo diz respeito, tudo o que ajude a compreender como aquilo a que chamamos pomposamente «ética», «valores morais» e quejandos não é apenas uma codificação cultural de predisposições biológicas (e, particularmente, cerebrais).
- Se pudesses mudar algo na “comunidade ateísta”, o que seria? R: Qual comunidade? Raio de pergunta.
- Se um filho teu te dissesse que tinha optado pela vida clerical, qual seria a tua primeira resposta? R: Que há maneiras mais honestas e mais úteis de ganhar a vida.
- Qual o teu argumento teísta favorito e como é que o refutas? R: Gosto muito daquele do «confiar na ciência para compreender o universo é superficial». Respondo que as ideias dos pastores do Médio Oriente há dois mil anos atrás seriam, vá lá, um bocadinho mais superficiais do que as nossas.
- Qual o teu ponto de vista mais controverso (na perspectiva dos outros ateus)? R: Seria melhor perguntar aos outros ateus.
- Dos “quatro cavaleiros do ateísmo” (Dawkins, Dennett, Hitchens e Harris) qual é o teu preferido e porquê? R: O Dawkins é o mais completo, mas creio que daqui a 50 anos o Dennett é quem será recordado como aquele que fez o debate avançar realmente, ao (tentar) fazer passar o activismo ateísta da refutação científica dos mitos para a explicação científica da existência da religião. O Sam Harris diz-me pouco. O Hitchens é o melhor escritor desses quatro. Mas o ateu que eu mais admiro enquanto tal continua a ser o Tomás da Fonseca.
- Se pudesses convencer apenas um teísta a abandonar as suas crenças, quem seria? R: Tendo em conta que a Lúcia Santos já morreu, o melhor que consigo imaginar para a humanidade seria o Bin Laden perder a fé.
quarta-feira, 18 de junho de 2008
«Meme ateísta»
O Luís Rodrigues desafiou-me a espalhar o «meme ateísta» (resposta a 10 perguntas e chutar a bola). Seguem-se as respostas e os passes em curva.
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