Escrito por Anselmo Borges, o clericalismo espertalhaço do costume:
- «A laicidade não deve confundir-se com laicismo. Este não se contenta com um Estado neutro do ponto de vista confessional e garantindo a liberdade religiosa de todos. Vai mais longe, exigindo um programa positivo, de tal modo que o Estado reivindica para si uma vocação de transmissão de uma mundividência total do mundo, da vida e da própria morte.»
Em primeiro lugar, se o laicismo exigisse a transmissão pelo Estado de uma «mundividência» (incluindo as questões «totais» da vida e da morte), então não seria laicismo, seria uma forma de religião. Se um Estado transmite uma «mundividência» ou uma crença sobre a vida ou a morte, então já saiu do domínio da laicidade/laicismo para entrar no terreno da confessionalidade de Estado.
Em segundo lugar, o argumento de Anselmo Borges piora quando desce ao concreto. Cita Johannes Rau para dizer isto:
Em segundo lugar, o argumento de Anselmo Borges piora quando desce ao concreto. Cita Johannes Rau para dizer isto:
- «As relações Igreja-Estado são reguladas de modo muito diverso na Europa, indo das Igrejas de Estado na Escandinávia ao laicismo francês. (...) Se o Estado e as Igrejas estão claramente separados na Alemanha, trabalham, no entanto, em conjunto em muitos domínios e no interesse de toda a sociedade. Feitas bem as contas, considero esta a via justa e não vejo qualquer razão para nos associarmos ao laicismo dos nossos vizinhos e amigos franceses».
1 comentário :
Muito manhoso. :o) Mas se os padres não fossem manhosos não se tinham arranjado a mentir e a roubar os pobres durante 1500 anos...
Agora já nem fiéis têm e ainda há para pagar as indemnizações de milhões de dólares aos milhares de vítimas de abusos sexuais, e sobra para comprar sapatinhos Prada para o papa, óculos Gucci, sedas, brocados, peles de arminho, palácios, limusinas e forróbódó todos os dias.
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