Nos jornais das últimas semanas, tem-se assumido sem qualquer pudor que o SIS, o SIRP e até a PSP procedem rotineiramente a escutas ilegais (e inconstitucionais). O que diz a este respeito o presidente do conselho de fiscalização dos serviços de informações? Nada. Diz que não sabe de nada. Jorge Bacelar Gouveia diz que «até à data não detectou violação [da lei]». Sintomaticamente, longe de ser um defensor do direito dos cidadãos à privacidade, Bacelar Gouveia não é sequer neutro nesta matéria; pelo contrário, é um defensor empenhado da legalização das escutas telefónicas efectuadas pelos serviços de informações. Como poderemos confiar neste entusiasta da escuta de conversas alheias para «fiscalizar» as escutas telefónicas?
Perante os factos afirmados nos jornais, das duas, uma: ou Bacelar Gouveia sabe o que se passa e mente quando nega que haja escutas, ou não sabe e é incompetente para o cargo. Seja mentiroso ou seja incompetente, Bacelar Gouveia deveria demitir-se.
Perante os factos afirmados nos jornais, das duas, uma: ou Bacelar Gouveia sabe o que se passa e mente quando nega que haja escutas, ou não sabe e é incompetente para o cargo. Seja mentiroso ou seja incompetente, Bacelar Gouveia deveria demitir-se.
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