sábado, 1 de dezembro de 2007

Anormais

Eu não sei se as outras pessoas são assim, mas eu sinto uma certa volúpia a ver os anormais da extrema-direita no Youtube. Bill Hicks dizia que era como se quando tivessemos uma dor de dentes não conseguissemos deixar o dente em paz, e fossemos lá com a língua a toda a hora.

Mas ontem estive uma hora inteira no Youtube a ver clips com a Ann Coulter, o Sean Hannity, o Bill O'Reilly, o Rush Limbaugh e o Dennis Miller, esse comediante sem talento, que só tem emprego porque é de extrema-direita.

Inacreditável! Na I Guerra Mundial os americanos fizeram testes de QI aos soldados e descobriram que quase metade da população (48.75%) tinha uma idade mental de 12 aos ou menos. Ideias como a Reader's Digest partiram desta constatação quase imediatamente: os atrasados mentais são um mercado giganstesco!

E estes comentadores políticos são o produto de uma ideia ainda mais perversa (que explorar económicamente os anormais): usar os anormais para fins políticos.

A frase do jovem Bush, que na campanha eleitoral do pai disse a um assistente que se podia ganhar as eleições só com o voto dos evangélicos, é isto mesmo. Estes anormais (Coulter, Hannity, Miller, etc.) são empregados pelos oligarcas para reforçarem as convicções imbecis da populaça na rádio e na televisão. Todos os dias, todo o dia.

Isto é que é o "mundo livre" dos neocons.

5 comentários :

David Lourenço Mestre disse...

"Na I Guerra Mundial os americanos fizeram testes de QI aos soldados e descobriram que quase metade da população (48.75%) tinha uma idade mental de 12 aos ou menos."

Castro, o que escreveu matematicamente é um absurdo. Sabe o que é a curva do sino, uma curva gaussiana?

David Lourenço Mestre disse...

A voce, como já reconheceu, falta lhe a teoria.

Leia fichte, hegel - e já agora schopenhauer - e flagele-se o resto da vida por ser de extrema-direita.

Asseguro que uma leitura da escola nacionalista romantica - a escola germanica, a reacçao ao iluminismo - lhe garantiria uma outra imagem ao espelho

O seu problema é o problema de uma boa parte da esquerda - iliteracia

Anónimo disse...

sinceramente não consigo descortinar diferença entre @s instruíd@s e @s outr@s. é certo que a falta de conhecimento, cultura ou instrução tornam as pessoas mais vulneráveis a manipulações, mas por outro lado o que vemos na prática é que a intolerância, o autoritarismo, o desejo da guerra e da violência, da repressão, da heteronomia, da conquista, da manipulação, etc. etc. etc. são transversais na sociedade. parece-me que a formatação desde tenra idade é demasiado forte para que a o conhecimento possa inverter o processo. esse conhecimento é, aliás, ele próprio, restrito e censurado ao aceitável pelas elites. quebrar essa barreira é muito difícil e isso constata-se pelo reduzido número de pessoas que conseguem construir uma crítica radical ao sistema, sem concessões, e agir de acordo com ela.

quanto aos neocons, é certo que foram um pouco mais longe que os seus parceiros políticos. no entanto, a política é substancialmente a mesma, com mais ou menos parangonas, mais ou menos subterfúgios e diplomacias.

panúrgio

Filipe Castro disse...

Caro David: Com Fichte ou sem Fichte, com Hegel ou sem Hegel, mentir deliberadamente aos simples para lhes roubar o pão, a paz, o futuro e agora também os filhos (com a ideia da chamada 'fighting class') é uma coisa ignóbil. Sem justificação filosófica possível. :o) Estes comentadores políticos são uns canalhas. Não têm outro nome.

David Lourenço Mestre disse...

Castro, apropriar se de argumentos e comportamentos de extrema direita nao lhe fica bem.

Diga me, quando vai buscar o jornal cospe na funcionaria e ameaça com chicote se a funcionaria - mentally challenged na mais cha sabedoria do castro - nao se apressar?

Meu caro, de resto recordo-lhe que é a mediania que define a normalidade