- «Perdida a honra e a guerra é preciso salvar o maior número de soldados do atoleiro. Dá-se o dito por não dito para fugir o mais depressa possível. E ainda há quem tente justificar os falcões que, sob a égide de Bush, fomentaram a mais desastrada guerra, que fragilizou os países democráticos e civilizados.» («A tragédia iraquiana», no Ponte Europa.)
- «Em 81, era eu uma jovem divorciada com duas filhas, uma vizinha quarentona perguntou-me se conhecia algum médico que fizesse abortos, porque, vá-se lá saber porquê, descuidadamente tinha engravidado dentro do seu matrimónio abençoado pela Igreja Católica (...) em Agosto de 83 fiquei grávida do meu terceiro e último filho (...) casualmente encontrei a já referida senhora que estava chocadíssima e queria à fina força que eu também estivesse, atendendo ao tamanho da minha barriga, com os senhores deputados {um deles era o Guterres} que iam aprovar o “infanticídio” (...) É esta gente que em Fev. vai votar Não, em consciência, com pena dos pobres embriões. Das outras, é claro.» («O Glória Fácil feito pelas suas leitoras», no Glória Fácil.)
- «A liberdade exige sempre a remoção dos obstáculos que impedem o indivíduo de atingir os seus objectivos de vida; ora em múltiplas circunstâncias da vida social, a não-interferência dos poderes públicos na esfera individual é insuficiente para a garantir. (...) A crítica das Luzes (...) tem fios condutores, o primeiro dos quais será a afirmação da desigualdade essencial (e não meramente social) do género humano – chamemos-lhe o diferencialismo; na sua versão aggiornata e pós-moderna (...) comporta a fetichização das marcas distintivas do tribalismo social, véu islâmico incluído.» («O véu e a esquerda», no Cinco Dias.)
- «E pronto: nove euros e cinquenta e 157 páginas depois, lá acabei de ler, confesso humildemente, o livro de Carolina Salgado (...) como novidade, fiquei a saber que Pinto da Costa gosta de brincar ao lobo mau e ao capuchinho vermelho e que tem grandes problemas de flatulência que Carolina Salgado, decerto com imenso prejuízo para a sua própria saúde, se via obrigada a disfarçar acendendo sucessivos cigarros. O resto, do pouco mais do que o livro conta, já afinal toda a gente sabia: que Pinto da Costa influencia a arbitragem dos jogos de futebol (...) que mandou sovar um antigo vereador da Câmara de Gondomar (...)». («O Lobo Mau», no Random Precision.)
terça-feira, 12 de dezembro de 2006
Revista de blogues (12/12/2006)
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1 comentário :
RICARDO ALVES:espero que vás até ao armadilha e leias um post que lá está chamado "justiça negada".
Sem quereer puxar a brasa a minha sardinha......
depois correlaciona isso, o assunto, por exemplo, com igrejas católicas, grandes empresas, liberalismo e quejandos...
Só uma sugestão...
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