- «Por todo o país e em todo o mundo ocidental, não deve haver questão mais premente do que a dos cristãos perseguidos por comemorarem o Natal. (...) Pode ser que a leitora, perdida entre as iluminações natalícias, o trânsito e os horários alargados dos centros comerciais, não se tenha dado conta de que o Natal está para acabar, não sabemos se por decreto. Talvez ao lisboeta lhe tenha escapado isso enquanto fazia o trajecto da “maior árvore de Natal da Europa” (oferta de um banco), atravessando uma Rua Augusta coberta de anjinhos, até um Rossio patrocinado por outro banco (...) Qual é, então, a grande preocupação? É o cristianismo já não ser permitido, já não ser dominante ou já não ser obrigatório? É que a primeira hipótese, apesar de tanto esforço, é muito simplesmente absurda.» («Feliz Natal, ó excelências!», no Cinco Dias.)
- «O púlpito do mais reluzente neo-conismo luso é o jornal Público, que por estes dias continua a promover e difundir uma alegre mistura de factos descontextualizados, opiniões, invenções e paranóias que visam provar essa gigantesca conspiração internacional anti-Natal (...) Na verdade as "proibições" que se lêem no Público são na sua maioria não-celebrações, ou seja, não sujeição a este clima de obrigatoriedade de festejar o nascimento do crucificado oriental. É precisamente para isso que serve a laicidade, para libertar as pessoas de imposições religiosas, para tornar o estado neutro, e cada um, livremente, decidir por si se quer acreditar ou não em estórias da carochinha, e qual a que mais lhe agrada. O que o Público não questiona, e talvez fosse oportuno questionar, são os gastos das autarquias portuguesas com a histeria natalícia. Autarquias que muitas vezes não conseguem servir todos os seus cidadãos de água ou saneamento, mas que estão sempre prontas a largar largos milhares de euros em presépios gigantes de peluche imprudentemente largados em rotundas ou beiras de estrada.» («O Público continua a errar», no Renas e Veados.)
terça-feira, 26 de dezembro de 2006
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