Existem dois factores, novos relativamente a 1998, que podem fazer alguma diferença no resultado do referendo:
- O PSD, que em 1998 tinha apenas três deputados pelo «sim», hoje tem pelo menos dezassete. Se esta alteração for indicativa de uma evolução favorável à despenalização no eleitorado da direita moderada, pode significar um acrescento significativo aos votos pela liberdade de escolha. (Pelo contrário, as «infiltradas» democratas-cristãs e anti-escolha da bancada do PS são no mesmo número de 1998.)
- Os jovens estão mais virados para o «sim». Segundo uma sondagem que dá 61% ao «sim», 74% dos jovens (18-34 anos) votarão pela escolha da mulher. Boa parte deste eleitorado não tinha direito de voto há oito anos atrás...
2 comentários :
As sondagens, em Portugal, são usadas muitas vezes como um modo de desmobilizar os eleitores. Até dia 11 nada está ganho, nem depois... Foi um governo socialista que aprovou uma lei para depois lavar as mãos com um referendo. E por falar em referendos, estes só são utilizáveis em assuntos que os governos não queiram aprovar. Nem pensar em usá-lo para a Constituição Europeia.
Caro Ricardo Alves: não cante vitória antes do dia do referendo. Há demasiadas pontas soltas ainda!!
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