quarta-feira, 13 de abril de 2005

Religião obrigatória em Timor?

A ICAR de Timor-Leste está em guerra aberta com o Governo da FRETILIN. A razão é o ensino da religião católica nas escolas públicas, que o Governo quer que deixe de ser obrigatório e de ter peso na nota final. Os bispos locais reagiram atacando o Governo, e muito particularmente Mari Alkatiri, que é muçulmano.
Comentários?
  1. Como sabia Afonso Costa, a ICAR só recua empurrada. É tudo uma questão de relação de forças. Em Timor, tendo a força que tem, não hesita em querer obrigar todos os jovens a serem doutrinados na religião católica. Por cá, está numa posição mais recuada apenas porque as circunstâncias a obrigam.
  2. Ficam também à vista as consequências da promoção mediática que foi feita de Ximenes Belo e da ICAR como símbolos da resistência timorense. Os objectivos deles nunca foram uma democracia laica, sempre foram o confessionalismo de Estado. E o resultado está à vista: a ICAR local comporta-se como um poder político.

1 comentário :

Pedro Fontela disse...

E ainda há quem diga que a ICAR mudou alguma coisa nos últimos séculos...destruam os pilares do secularismo e depois vejam-se os resultados.