«Passaram pouco mais de cem anos sobre a queda do poder temporal dos papas, caso contrário, também eu, presentemente, seria um papa-rei com exércitos armados e, talvez, com uma polícia para defender os bens, as terras e os palácios do papa. Como teria sido bonito se o papa tivesse renunciado espontaneamente ao poder temporal! Deveria tê-lo feito antes.»
Quem assim falou foi o Papa João Paulo 1, o tal que, ao fim de trinta e três dias de reinado, morreu em circunstâncias que em qualquer país civilizado implicariam uma autópsia (como morreu no Vaticano, nunca houve autópsia). A simples ideia de que a ICAR ter perdido poder temporal é uma coisa boa apela à imaginação: será que Albino Luciani se preparava para reconhecer a soberania da República italiana sobre o Vaticano, aproximando assim a ICAR de se tornar uma mera instituição da sociedade civil?
E qual foi o papel efectivo do «caso Ambrosiano» no desaparecimento deste homem? Talvez um dia se venha a saber a verdade...
(Palavras de Albino Luciani encontradas no Terra da Alegria.)
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