O artigo de ontem do Público sobre os «call centers» é a não perder: explica como Portugal se está a tornar o paraíso dessa nova forma de exploração do trabalho. Simplesmente, Portugal tem tudo: uma população qualificada, uma boa rede de fibra óptica e estabilidade política (ao contrário dos países árabes), salários baixos, e não fica muito longe dos centros de decisão europeus. Segundo o artigo, já existirão 50 mil pessoas em Portugal a trabalhar em «call centers», em condições de precariedade e de humilhação diária que são descritas no artigo.
Gostaria de saber o que pensam a CGTP e a UGT da situação destes trabalhadores.
3 comentários :
Pois. Só resta dizer que o autor desta reportagem é um dos melhores jornalistas portugueses, e que já foi absolutamente vilipendiado neste blogue porque se limitou a dizer o óbvio: que há uns grupos anarquistas que atiram pedras aos polícias.
Pois é, Filipe. Mas também é óbvio que há grupos anarquistas atiradores de pedras de calçada à bófia compostos por... polícias. Näo por acaso, nenhum dos anarquistas atiradores de pedras de calçada à bófia apanhou porrada. Pois é.
Entäo e o tribunal que provou que a bófia näo avisou que ia carregar?
Filipe,
critiquei o Paulo Moura por escrever numa reportagem que os anarquistas pretendiam atirar pedras a partir dos «sonhos selvagens» desses anarquistas. Um jornalista que mete numa reportagem alegados «sonhos selvagens» (a expressão é dele) está a misturar a ficção com a realidade.
Critiquei-o também por engraxar as botas de Passos Coelho numa biografia apologética que o Paulo Moura talvez pretendesse irónica (mas em que lhe escorregou a ironia muito para lá do razoável).
Enviar um comentário