Os clericais não desistem de tentar tornar a religião obrigatória na escola pública. O argumento, agora, é que a religião seria indispensável para conhecer o «património cultural». Batatas: não é. Para conhecer o património cultural, o fundamental é conhecer a história e a língua. A cultura não é só religião, como não é só poesia, música, pintura, ideologias ou correntes estéticas.
Eu sei que o número de interessados na «Religião e Moral Católica» continua a descer. Mas não peçam ao Ministério da Educação para resolver esse vosso «problema». É mais importante aumentar o número de horas de ensino das ciências (matemática, física e biologia), melhorar os laboratórios escolares e incrementar o número de computadores. São esses os conhecimentos que fazem falta aos jovens portugueses (conjuntamente com a língua materna e o inglês). O resto são escolhas e civismo.
Eu sei que o número de interessados na «Religião e Moral Católica» continua a descer. Mas não peçam ao Ministério da Educação para resolver esse vosso «problema». É mais importante aumentar o número de horas de ensino das ciências (matemática, física e biologia), melhorar os laboratórios escolares e incrementar o número de computadores. São esses os conhecimentos que fazem falta aos jovens portugueses (conjuntamente com a língua materna e o inglês). O resto são escolhas e civismo.
21 comentários :
Epa isso é verdade, mas ja agora pergunto uma coisa:
Será legitimo um Estado dar salários aos padres?
Durante as revoluções republicanas, aboliram-se os impostos á igreja (como a dízima) e passou-se a ixar um salário aos elementos do clero.
Mas não será que estamos noutra época? Quer-se dizer, eles ganham imenso dinehrio não só com as doações dos fieis mas principalmente com os baptizados, comunhões, casamentos e funerais. Não chega?
não sei se são burros (por desconhecer o significado da palavra laicidade) ou se são umas bestas (por conhecer e depois comportarem-se desta forma).
a questão interessante é como iriam reagir se lhes fosse pedido para, nas "lavagens cerebrais semanais", falarem de evolução, biologia, física, et cetera... a bem ver, seria bastante mais útil para a formação de uma sociedade do que a parvoíce que pedem...
A disciplina de EMRC contempla uma educação para os valores humanos e cívicos, em que cada um, independentemente da religião que professe, tem a possibilidade de crescer enquanto pessoa, nunca descurando o espírito crítico e o respeito por si e pelo outro. Apesar de a disciplina se chamar Católica, o diálogo inter-religioso e o ecumenismo estão muito vincados! Daquilo que vivencio, EMRC não é catequese!!!
O fenómeno religioso é parte importante da cultura humana. E portanto, na escola deveriam estudar-se as religiões. Mas não uma só, senão as mais importantes (todas seria impossível), fazendo um estudo comparativo, e dando também a perspectiva céptica.
As religiões estudam-se em história.
A cultura é apreendida em várias disciplinas.
Os valores são transmitidos em várias disciplinas e agora em Formação Cívica.
Portanto, uma disciplina de Educação Moral, Religiosa Católica é perfeitamente dispensável, por ser uma repetição de outras disciplinas, e por em nada de diferente de valores querer ensinar.
Digo isto como amigo de um professor dessa disciplina, que ia muito para além da doutrina que lhe queriam impor.
«Space_aye»,
os padres que recebem salários do Estado por o serem são, neste momento, os capelães. Está na ordem do dia terminar com essa situação.
«Anónimo»,
a EMRC não é uma obrigação do Estado. O papel do ensino público não é ensinar religião nem «valores humanos e cívicos» de origem religiosa. Podem perfeitamente fazer isso na paróquia, mas na escola pública, não.
«Se Moncho»,
a religião enquanto fenómeno cultural já é abordada, de uma forma ou outra, nas disciplinas de História, Filosofia ou Língua Portuguesa. Parece-me suficiente. Não é necessária uma disciplina específica.
Ai são só os capelães? Menos mal...
Parece que os alemães resolveram bem a coisa...
Cautela Ricardo SS, ainda se afoga na sua bílis.
Os clericais desejam novas inquisições, "Croácias-NDH","Vietnams do Sul" etc
"A cultura não é só religião, como não é só poesia, música, pintura, ideologias ou correntes estéticas"
Pois não; mas era bom que a escola ainda servisse para despertar o interesse por essas áreas. Se em em vez disso a preocupação passou a ser a imposição de uma determinada educação sexual (área pela qual nunca conheci ninguém que não tivesse interesse suficiente) e a distribuição gratuita de preservativos, está tudo dito sobre as prioridades da moda para o ensino.
Nuno Gaspar,
o fundamental é ensinar Matemática, Física e Biologia, a língua materna e uma língua estrangeira, e pôr os miúdos a mexer em computadores desde cedo.
Mas realmente também se podem tentar ensinar valores cívicos e regras de higiene. ;)
Ricardo,
Acho que não é preciso ter uma grande formação em pedagogia para perceber que essas áreas fundamentais serão tanto melhor estimuladas quanto as pessoas desenvolverem interesses paralelos. Você gosta de bife com batatas fritas. Só batatas ou só bife não sabe tão bem.
Sinceramente, não ei qeum é mais burro: se aquele que não sabe o que diz, se aquele que pensa que sabe o que diz.
Reproduzo aqui um comentario à noticia do publico, que li no sue forum e que já reproduzi noutro local:
"08.05.2009 - 12h14 - C, Fnd
Quando eu tive EMRC... até gostei. Acabei de ler os comentários e realmente isto é de loucos. Concordo com o facto de esta disciplina não dever ser ensinada no seio de uma religião em especial... até porque os credos maioritários do mundo se regem por linhas semelhantes, logo não se devia chamar de EMR Católica. Devia ser somente ER. Simples! Mas os tipos que andam para aqui a dizer que se dá a história de Adão e Eva e que é dada por beatos... Muito longe, meus amigos... Em nenhuma aula que eu tive desta disciplina se falou disso, e os meus professores até nem sequer estavam ligados directamente à religião. Falava-se bastante da dimensão filosófica, dos valores, das culturas, da variedade dentro da humanidade... Estas coisas muito ligadas à ética, deontologia; falávamos sobre problemas da sociedade, a droga, a violência...; falávamos sobre ideais, carreira, futuro....; falávamos sobre outras religiões inclusivamente!! (cheguei a fazer um trabalho sobre o Hinduísmo!!!) Resumindo, dialogávamos bastante sobre tudo... e é óbvio que isso me despertou enquanto nova para realidade... algo que outras disciplinas não abarca. É claro que tive sorte na minha escola... não sei como é o resto.Eu já nem digo o Stefano, que tem um problema psicológico grave (não faz a minina ideia do que está a dizer, mas como decorou umas frazes, repete-as ab infinito... tipo oração), mas aos restantes, digo: "tenham juizinho rapazes!"
Uns não sabem o que é um estado laico - e passam a vida a vomitar asneiras sobre o assunto; outoros não sabem o que é a EMRC - e fazem comentários como se soubessem de que estão a falar.
Faltam os que não sabem merda nenhuma - os republicanos de esquerda!
E ainda existem aqueles que são amostras de homem que classificam os outros de ignorantes, mas fundo têm vergonha de mostrar a sua própria ignorância.
Amostras de pessoa como o zezito...
Anónimo «Zeca Portuga»,
já considerou pedir ajuda especializada?
Se alguém vos desse atenção, ou tivesse em conta a vossa filosofia... o mundo estava perdido.
Felizmente, no meio de muita estupidez e ignorancia, aidna há gente com alguma capacidade.
Cada dia que passa vejo mais canalhada e menos seriedade.
Os Ricardos tem um BLIN RATE de uns 15 BLIN/seg
O Zeca portuga tem quantidades mínimas de acetil-colina...
Quanto À canalhada... por vezes o que o zeca vê ao espelho pode ser revoltante, mas acredite que existe ajuda para isso
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