Em entrevista ao Diário de Notícias, o protestante Soares Loja defende que as escolas não devem ter nomes de santos.
- «O que está em causa no princípio da não confessionalidade é que o Estado não pode promover uma determinada confissão em detrimento das outras. Isto deriva do princípio da igualdade dos cidadãos. E o Estado ao dotar equipamentos de um nome de um santo está a promover uma confissão.»
E, para quem julgava que a laicidade só interessa aos ateus anti-religiosos, explica a sua motivação pessoal.
- «P: Como membro de uma confissão não católica, sente-se discriminado?
R: Sinto. E creio que todos os não católicos partilharão deste sentimento. Porque não conheço escolas com o nome de Lutero, Erasmo, Calvino. (...) Alguns católicos, com receio de perder os privilégios a que estão acostumados, reagem falando em discriminação e perseguição quando se fala da separação entre Estado e Igreja Católica, esquecendo que há muitos cidadãos no mesmo país privados desse mesmo privilégio de verem a sua cultura religiosa promovida à conta do Estado.»
O protestante Soares Loja revela uma coragem cívica e um respeito pela Constituição da sua República que o coloca nos antípodas da judia Esther Mucznick.
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