terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Conferência hoje, às 18h30m

É hoje às 18h30m, na Biblioteca Museu República e Resistência, a conferência da Associação República e Laicidade sobre os acontecimentos de há 100 anos.
Note-se que no dia 28 de Janeiro de 1908 foram presos, na sequência de uma revolução falhada, os dirigentes republicanos Afonso Costa, António José de Almeida e João Chagas, e os dirigentes dissidentes progressistas Ribeira Brava e Egas Moniz (futuro prémio nóbel da medicina), entre outros. Encontrava-se já na prisão Luz de Almeida, o principal dirigente da carbonária. O ditador João Franco, que fechava jornais (como o republicano «O Mundo», de França Borges, também detido) e que reprimia manifestações a tiro e à bastonada, obteve no dia 31 de Janeiro à tarde, em Vila Viçosa, a assinatura de um decreto que autorizava o degredo para Timor e para África dos presos políticos. No dia seguinte, Carlos I chegou a Lisboa, à actual Praça do Comércio.
Até logo, na conferência da ARL.

1 comentário :

David Lourenço Mestre disse...

Desculpa a interrupçao Ricardo

Joao Vasco, nao se fique pelo wikipedia, fica a perder. Leia isaiah berlin. Tem muita obra sobre o assunto. E é na esteira do liberalismo classico ingles que isaiah lembra que a acçao humana tem de ser limitada pela lei, que a lei nao apenas garante justiça, segurança, cultura, alguns graus de igualdade mas a propria liberdade. Neste quadro a liberdade positiva e a liberdade negativa vivem em permanente tensao e fiscalização. Já kant um dos pais da besta lega nos uma pérola ao gosto do Vasco, o principio do liberalismo exige que “as restrições da liberdade individual, inevitáveis em virtude do convívio social, sejam repartidas uniformemente na medida do possível”. Voando uns séculos Popper, sem invocar o homo homini lúpus de Hobbes lamenta que sem o estado, “os mais fracos não teriam qualquer direito a serem tolerados pelos mais fortes, dever-lhes-iam, pois, gratidão pela bondade da sua tolerância. Então aqueles indivíduos que considerem esta situação pouco satisfatória e acreditem que qualquer individuo deve ter direito de viver e exigir protecção contra o poder dos fortes, reconhecerão igualmente a necessidade de um estado que proteja os direitos de todos.”

Se ainda estiver na faculdade ponha se a caminho da biblioteca