- «(...) os neo-reaccionários já não podem ser reaccionários: eles inventaram-se novos nomes e novas causas. Os fins que perseguem são os mesmos, se os reduzirmos ao essencial, que motivaram por exemplo os absolutistas, mas obviamente que já não podem defender as mesmíssimas coisas. Já não são contra a ciência: eles acham que a ciência pode ser guiada pela religião. Já não são pela religião oficial: acham que o Estado tem de integrar a "cultura nacional". Já não são machistas: são pelo direito à vida. Já não são homofóbicos: até têm amigos homossexuais. Já não são racistas: são pelos estudos científicos que provam que os brancos são mais inteligentes que os negros.» («A reacção parcial», n´O Reino dos Fins.)
- «E assim nasceu o mito de que um dia a ministra da educação quis limpar os nomes dos santos das escolas. Nasceu e viverá por mil crónicas politicamente incorrectas a publicar por toda imprensa... Pouco importa que tal mito mentiroso surja poucos dias depois do governo, do qual a ministra faz parte, ter anunciado um novíssimo "Hospital de Todos os Santos" para a capital. A mentira tem pernas longas, faz Braga-Lisboa num saltinho de pardal, e a insinuação viverá para sempre. Adenda: A Agência Ecclesia já deu o seu contributo à causa, sigam-se então os tablóides e depois, finalmente, os editoriais do Público.» («2008 com fumo», no Renas e veados.)
domingo, 6 de janeiro de 2008
Revista de blogues (6/1/2007)
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