Ao contrário do que diz o membro do Conselho Europeu que nos governa, a ratificação parlamentar de um Tratado não é «igualmente democrática»: é diferentemente democrática. Melhor: é inferiormente democrática, porque o «processo europeu» consiste em deslocar as decisões que afectam o demos do nível nacional para o nível europeu, da democracia parlamentar portuguesa para um directório de líderes estrangeiros, de plenários escrutináveis pelos cidadãos para reuniões à porta fechada, da responsabilidade dos eleitos perante os eleitores para os compromissos entre governos. Alterações dessas mudam as regras do jogo democrático, e deveriam portanto ser sujeitas a referendo.
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
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2 comentários :
A sociedade portuguesa deixou passar um momento essencial em deveria ter sido feita esta discussão: aquele da revisão constitucional que alterou o art. 8º da CRP e escancarou as portas a esta UE.
Acho que se pode dizer sem exagerar que o parlamento europeu é um sinédrio de malfeitores, um coito de traidores e de vende-pátrias, de lacaios do grande capital.
Pode parecer que estou a brincar, mas não estou. Em Estrasburgo as angústias dos pobres são externalidades que só se tornam relevantes se tiverem algum impacto não negligenciavel na ordem económica.
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