Mas este caso sendo muito mais comum é muito menos nocivo para a ciência, sua imagem pública e divulgação, que o caso da redefinição de planetas, pois esta última, sendo em grande parte convencional, ao ocupar tanto espaço nos media, inclusive a quase totalidade muitas vezes dos espaços dedicados à divulgação científica em meios não dedicados à ciência, termina por passar a imagem de que em ciência se perde, senão todo, a maior parte do tempo a discutir o sexo dos anjos. No final se teme que as pessoas em geral fiquem com a impressão não de que os astronómos se dedicaram a esta revisão convencional por obrigação criada pelos avanços na detecção de novos ("antigos") planetas (assunto que mereceria muito mais atenção do ponto de vista dos divulgadores científicos) e que levou a multiplicação dos mesmos, mas porque pura e simplemente a astronomia não é afinal assim tão diferente da astrologia e afins. "Muito palavreio inútil apenas neste caso com arrogância incrementada." Conclusão, para a ciência a coscuvilhice sobre os cientistas pode ser muito menos perigosa que a discussão excessiva sobre as suas reconhecidas convenções.
Olhe que não, senhor arcebispo, olhe que não
Há 4 horas
2 comentários :
Bem pelo contrário, na minha opinião.
O que este episódio todo vem mostrar é que o espaço mediático em Portugal só acha piada à Ciência quando esta discute o sexo dos anjos.
É que nessa altura cada pessoa pode dar a sua opinião...
Tens seguramente razão só não entendo o "bem pelo contrário".
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