«entre le fort et le faible, entre le riche et le pauvre, entre le maître et le serviteur, c’est la liberté qui opprime, et la loi qui affranchit.»
(Lacordaire)
Um «Programa Ulisses» que aposte na «economia do conhecimento» e encontre para Portugal um «nicho de mercado» que garanta o nosso desenvolvimento. Tudo muito lindo, mas a Alemanha não paga, não pode, nem quer pagar. O desenvolvimento da burguesia e de alguma da aristocracia operária germânicas é feito à custa do subdesenvolvimento das classes média e baixa das periferias da União Europeia, entre as quais Portugal. Continuem a sonhar como os "socialistas utópicos" do século XIX... :')
Para ir votar como o PS? Certamente que os partidos à esquerda hão de votar de forma semelhante... Isso significa que são todos iguais?
E quanto à sorte grande, a questão é mesmo essa. A democracia não é uma quermesse, e os votos não são rifas. As intenções do LIVRE estão bem declaradas à partida. Com o PSD, CDS e PS os acordos são sempre pós-eleitorais, caso não vá sair-lhes a sorte grande. À esquerda os directórios não se querem entender, mas será que se passa o mesmo com os militantes e os eleitores?
Eu voto na esquerda sem âncoras, sem disciplina de voto, sem redis ideológicos. Votar no LIVRE é votar contra o bafio.
E também e sobretudo porque fazer uma cruz no partido com cujos manifesto e programa eu concordo é muito, muito simples.
Como ainda hoje publicou um jornal , na Europa PS-PSD-CDS votam quase sempre da mesma maneira.
Talvez ainda não tenha percebido, mas estamos a votar para o PARLAMENTO EUROPEU, onde se discutem as politicas para a Europa.
E talvez não saiba, mas a Esquerda Unitária, os Verdes, o grupo dos Socialistas e Sociais Democratas não têm a mesma visão da Europa, muitas vezes as suas posições são contraditórias
Como quer que seja credivel um partido, que diz aos eleitores que os seus candidatos vão fazer parte de várias familias no Parlamento Europeu com posições antagónicas?
Chama-lhe BAFIO, eu chamo-lhe COERÊNCIA
Escreve que vota numa esquerda sem ancoras, eu escrevo que vota numa esquerda OPORTUNISTA.
Já me apercebi de que as eleições são para o PE, e ainda do tom desnecessariamente sarcástico desse comentário.
Ainda bem que nem toda a gente pensa da mesma maneira... De resto não vejo o que isso seja relevante para o acto, muito simples, de botar uma cruz no partido com o qual nos identificamos mais.
Quanto às famílias políticas, não sei onde foi buscar a ideia de que os candidatos vão fazer parte de várias famílias políticas. Cada deputado escolhe onde se senta e vota de acordo com a sua consciência. Se o Augusto acha que isso é incoerência, eu fico sem saber o que é que seja a incoerência... Ou crê que só possa existir coerência com os deputados devidamente embalados?
No nosso país pode testemunhar-se a deriva à direita do carácter político dos partidos. É por isso que eu prefiro votar em ideias, e não em partidos. Onde as minhas ideias e convicções estiverem, lá deverá estar o meu voto.
E, já agora, o Rui Tavares foi convidado pelo PS para integrar a lista para o PE, e recusou. Se isto é ser oportunista, então também já não sei o que é o oportunismo...
Francisco, foi-lhe oferecido o terceiro lugar na lista. É difícil encontrar lugar mais garantido. No LIVRE, a sua eleição como eurodeputado está longe de estar garantida.
Se houve conversações entre o Rui Tavares e o PS, e se lhe ofereceram o numero 3 da lista ou o 22, isso só quem negociou com ele e ele próprio o poderão dizer.
Como nunca fui á bruxa não o posso provar, mas pelo que tem vindo a lume, tenho TODAS as razões para DUVIDAR.
Quanto á coerência, quando voto num partido, espero pelo menos que nas questões principais, neste caso a União Europeia, haja pontos comuns.
Quando um partido tem pessoas que se forem eleitas irão fazer parte de várias familias politicas, com posições antagónicas, como é que lhe posso dar o meu voto?
É claro que os cidadãos uma vez eleitos , poderão não prestar contas a ninguém, rasgarem os compromissos, e fazerem o que muito bem lhes apetece, já tivemos INFELIZMENTE exemplos e bem recentes, por isso.....
«Quando um partido tem pessoas que se forem eleitas irão fazer parte de várias familias politicas, com posições antagónicas»
As duas famílias políticas em questão são os Verdes (5 entre os 6 primeiros candidatos) e o PSE (a candidata em 4º lugar). Como na UE é possível e banal votar contra as orientações da família política a que se pertence (todos os eurodeputados portugueses o fazem, principalmente os de esquerda), a pertença a qualquer destas famílias é perfeitamente compatível com a defesa do programa que os candidatos juraram lutar por cumprir (quando concorreram nas primárias). Por exemplo, a Ana Matos Pires, se eleita, poderia perfeitamente pertencer ao PSE, mas votar contra o tratado transatlântico contra as orientações da sua bancada. O mandato dos eurodeputados deve mesmo ser exercido em liberdade, porque eles devem prestar responsabilidades a quem os elegeu e não às direcções partidárias.
De qualquer das formas, tudo isto é altamente hipotético. As probabilidade do LIVRE eleger 4 eurodeputados são nulas. Pode contar que um voto no LIVRE corresponderá a mandar deputados para a bancadas dos Verdes (o que provavelmente não o entusiasma, mas a situação é essa).
Augusto, felizmente no Parlamento Europeu não há a disciplina de voto férrea que é imposta no Parlamento de S. Bento. Aderir a um grupo no PE não significa abdicar da faculdade de votar individualmente, ao contrário do que o seu comentário faz supor.
O EsquerdaRepublicana é um blogue à esquerda, independente dos partidos mas não de valores e causas, republicano, laicista, democrata e plural. Foi fundado em Março de 2005.
11 comentários :
Um «Programa Ulisses» que aposte na «economia do conhecimento» e encontre para Portugal um «nicho de mercado» que garanta o nosso desenvolvimento. Tudo muito lindo, mas a Alemanha não paga, não pode, nem quer pagar. O desenvolvimento da burguesia e de alguma da aristocracia operária germânicas é feito à custa do subdesenvolvimento das classes média e baixa das periferias da União Europeia, entre as quais Portugal. Continuem a sonhar como os "socialistas utópicos" do século XIX... :')
A Alemanha não tem a maioria dos deputados no PE, e além disso existem alguns eurodeputados alemães favoráveis ao programa Ulisses.
Razões para eu não votar no Livre,
Nunca gostei de albergues espanhóis onde cabe tudo.
Esta senhora , como já o afirmou, se fôr eleita, vai fazer companhia ao Renzi, ao Seguro, ao Hollande.
Se é para ir votar como o PS então para que serve o voto no Livre?
Quem é que em vez da Sorte Grande quer só a a Aproximação?
Caro Augusto,
Para ir votar como o PS? Certamente que os partidos à esquerda hão de votar de forma semelhante... Isso significa que são todos iguais?
E quanto à sorte grande, a questão é mesmo essa.
A democracia não é uma quermesse, e os votos não são rifas. As intenções do LIVRE estão bem declaradas à partida.
Com o PSD, CDS e PS os acordos são sempre pós-eleitorais, caso não vá sair-lhes a sorte grande.
À esquerda os directórios não se querem entender, mas será que se passa o mesmo com os militantes e os eleitores?
Eu voto na esquerda sem âncoras, sem disciplina de voto, sem redis ideológicos. Votar no LIVRE é votar contra o bafio.
E também e sobretudo porque fazer uma cruz no partido com cujos manifesto e programa eu concordo é muito, muito simples.
Como ainda hoje publicou um jornal , na Europa PS-PSD-CDS votam quase sempre da mesma maneira.
Talvez ainda não tenha percebido, mas estamos a votar para o PARLAMENTO EUROPEU, onde se discutem as politicas para a Europa.
E talvez não saiba, mas a Esquerda Unitária, os Verdes, o grupo dos Socialistas e Sociais Democratas não têm a mesma visão da Europa, muitas vezes as suas posições são contraditórias
Como quer que seja credivel um partido, que diz aos eleitores que os seus candidatos vão fazer parte de várias familias no Parlamento Europeu com posições antagónicas?
Chama-lhe BAFIO, eu chamo-lhe COERÊNCIA
Escreve que vota numa esquerda sem ancoras, eu escrevo que vota numa esquerda OPORTUNISTA.
Caro Augusto,
Já me apercebi de que as eleições são para o PE, e ainda do tom desnecessariamente sarcástico desse comentário.
Ainda bem que nem toda a gente pensa da mesma maneira... De resto não vejo o que isso seja relevante para o acto, muito simples, de botar uma cruz no partido com o qual nos identificamos mais.
Quanto às famílias políticas, não sei onde foi buscar a ideia de que os candidatos vão fazer parte de várias famílias políticas. Cada deputado escolhe onde se senta e vota de acordo com a sua consciência. Se o Augusto acha que isso é incoerência, eu fico sem saber o que é que seja a incoerência... Ou crê que só possa existir coerência com os deputados devidamente embalados?
No nosso país pode testemunhar-se a deriva à direita do carácter político dos partidos. É por isso que eu prefiro votar em ideias, e não em partidos. Onde as minhas ideias e convicções estiverem, lá deverá estar o meu voto.
E, já agora, o Rui Tavares foi convidado pelo PS para integrar a lista para o PE, e recusou. Se isto é ser oportunista, então também já não sei o que é o oportunismo...
Francisco, foi-lhe oferecido o terceiro lugar na lista. É difícil encontrar lugar mais garantido.
No LIVRE, a sua eleição como eurodeputado está longe de estar garantida.
Se houve conversações entre o Rui Tavares e o PS, e se lhe ofereceram o numero 3 da lista ou o 22, isso só quem negociou com ele e ele próprio o poderão dizer.
Como nunca fui á bruxa não o posso provar, mas pelo que tem vindo a lume, tenho TODAS as razões para DUVIDAR.
Quanto á coerência, quando voto num partido, espero pelo menos que nas questões principais, neste caso a União Europeia, haja pontos comuns.
Quando um partido tem pessoas que se forem eleitas irão fazer parte de várias familias politicas, com posições antagónicas, como é que lhe posso dar o meu voto?
É claro que os cidadãos uma vez eleitos , poderão não prestar contas a ninguém, rasgarem os compromissos, e fazerem o que muito bem lhes apetece, já tivemos INFELIZMENTE exemplos e bem recentes, por isso.....
«Quando um partido tem pessoas que se forem eleitas irão fazer parte de várias familias politicas, com posições antagónicas»
As duas famílias políticas em questão são os Verdes (5 entre os 6 primeiros candidatos) e o PSE (a candidata em 4º lugar). Como na UE é possível e banal votar contra as orientações da família política a que se pertence (todos os eurodeputados portugueses o fazem, principalmente os de esquerda), a pertença a qualquer destas famílias é perfeitamente compatível com a defesa do programa que os candidatos juraram lutar por cumprir (quando concorreram nas primárias).
Por exemplo, a Ana Matos Pires, se eleita, poderia perfeitamente pertencer ao PSE, mas votar contra o tratado transatlântico contra as orientações da sua bancada. O mandato dos eurodeputados deve mesmo ser exercido em liberdade, porque eles devem prestar responsabilidades a quem os elegeu e não às direcções partidárias.
De qualquer das formas, tudo isto é altamente hipotético. As probabilidade do LIVRE eleger 4 eurodeputados são nulas. Pode contar que um voto no LIVRE corresponderá a mandar deputados para a bancadas dos Verdes (o que provavelmente não o entusiasma, mas a situação é essa).
Augusto, felizmente no Parlamento Europeu não há a disciplina de voto férrea que é imposta no Parlamento de S. Bento. Aderir a um grupo no PE não significa abdicar da faculdade de votar individualmente, ao contrário do que o seu comentário faz supor.
Um dos problemas fundamentais da esquerda portuguesa é ter tanta gente que acha que o PSE e os Verdes são «antagónicos».
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